Apesar da pena de nove anos, Robinho, pelas leis brasileiras, não foi extraditado para cumprir a sentença por estupro. Mesmo assim, o caso tem chances de sofrer uma mudança que pode levar o atleta para a cadeia. Segundo o jornalista Juca Kfouri, o atual governo nacional aguarda um eventual pedido vindo da Justiça da Itália para seguir com o processo de detenção no país.
“No caso do Robinho, tenho uma informação para dar. Diferentemente do governo brasileiro anterior, que evidentemente passava pano porque o tinha como eleitor, o governo atual do Brasil está à espera do pedido do governo italiano, que tem uma primeira-ministra, uma mulher como sua figura política mais poderosa no momento. E que estranhamente, talvez por ser de extrema-direita, até hoje não pediu para que Robinho cumpra pena no Brasil”, contou Juca no programa Cartão Vermelho, do UOL Esporte.
Na sequência, relatou-se que a Justiça do Brasil, em conjunto com as autoridades da Itália, devem tomar providências sobre o caso. Como Robinho foi condenado em última instância, a situação envolvendo a pena é irreversível. Dessa forma, o pedido vindo da Europa pode dar início ao processo de prisão.
“Tão logo o governo italiano e Justiça italiana peçam à Justiça brasileira que tome providências contra Robinho, essas providências serão tomadas, me asseguram as fontes na Justiça do Brasil”, completou o jornalista.
Em julgamento que ocorreu na Corte de Cassação de Roma, Robinho foi considerado culpado pelo crime cometido em 22 de janeiro de 2013. Além da sentença, o ‘Rei das Pedaladas’ também teve uma multa de 60 mil euros definida pela Justiça.
Robinho teve volta ao futebol especulada
Segundo o empresário Wagner Ribeiro, o Londrina demonstrou interesse em contratar o atacante. Porém, o jogador, que temeu por protestos envolvendo sua chegada, preferiu não avançar com o acerto. Dessa forma, o agente projetou que sua carreira, no Brasil, se encontra encerrada.
“Aqui no Brasil (são os clubes interessados). Querem o Robinho para jogar futebol, só que tem um detalhe. Vou te falar um deles que é o Londrina. Meu amigo, Sergio Malucelli (gestor), falou se tinha a possibilidade. Eu falei: ‘Se chegar aí e a torcida (protestar)?’. O Londrina é de uma SAF. Ele falou: ‘Nós vamos fazer aqui o melhor para o Robinho. Precisamos subir o time. O Robinho tem futebol ainda. Eu falei: ‘Vamos conversar’. Estou tentando falar isso. O Robinho está com medo de chegar lá e ter alguns empecilhos. Grupo feminista… Os patrocinadores não deixaram no Santos. Eu não vejo a possibilidade dele voltar a jogar tão cedo no Brasil. Acho que a carreira dele está encerrada pelos problemas na Itália.“, contou Wagner Ribeiro ao canal Benja Me Mucho.