Apostar na Betnacional
Em 1991, Ayrton Senna chegou animado para o GP do Brasil. Na ocasião, o piloto brasileiro tinha completado 31 anos na antevéspera da prova e nutria o sonho de vencer em casa. O contato de Ayrton com Interlagos era grande, além da presença constante no kartódromo do complexo esportivo, o tricampeão também ajudou a redesenhar o traçado do circuito, o que inclui a icônica curva “S do Senna”.
A McLaren era a equipe favorita, mas o piloto percebeu uma grande evolução das Williams nos treinos. Nigel Mansell e Riccardo Patrese efetuavam voltas rápidas, mas Ayrton conquistou o primeiro tempo para a prova. O triunfo no sábado foi apenas o início de um trabalho, que contou com uma boa estratégia de paradas para garantir a tão sonhada vitória no domingo.
Na corrida, Ayrton largou bem e conseguiu administrar a corrida durante 65 voltas, porém encontrou problemas no câmbio de seu carro. Sem a quarta marcha, Senna tentou suportar a pressão e conduzir a sua McLaren para a vitória, isto é, faltando seis voltas para o fim.
O brasileiro demonstrou grande superioridade técnica, contou com a ajuda de uma leve garoa e conseguiu administrar a sua vantagem de sete segundos para o segundo colocado, Riccardo Patrese. Duas voltas depois, Ayrton perdeu a quinta marcha e viu a distância diminuir para quatro segundos.
“Só voltei à realidade quando vi a bandeirada. Aí senti um imenso prazer em viver, em estar em Interlagos, na minha terra e vendo a minha gente feliz. Não foi a maior vitória da minha vida, mas foi a mais sacrificada.”, comentou Senna na ocasião, o que está postado em seu site oficial.
Ayrton venceu, berrou, xingou e desmaiou. Exausto, o piloto precisou ser escoltado para subir no pódio do GP do Brasil e assim, garantiu o seu primeiro triunfo no país.
