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Copa do Mundo: conheça o retrospecto das seleções da Ásia e Oceania

Participação asiática teve seu ápice ao atingir semifinal em 2002; ocêanicos chegaram apenas uma vez nas oitavas de final

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

Cinco seleções da Ásia e a Austrália, da Oceania, estarão entre as 32 que disputarão a Copa do Mundo de 2022. Sede da competição, o Catar terá a companhia continental de Arábia Saudita, Coréia do Sul, Irã e Japão. Ao longo de 21 edições, 11 países asiáticos e dois oceânicos disputaram o Mundial.

O Catar será o único estreante deste ano, portanto, se tornará o 12º de seu continente a participar da maior competição do futebol.

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Adiante, fique por dentro dos números de vitórias, derrotas, gols e artilheiros, além do desempenho das seleções de ambas as regiões em Copas até a edição de 2018.

Apesar de pertencer à Oceania, Austrália não disputa mais as eliminatórias do próprio continente

Austrália e Nova Zelândia foram as únicas representantes da Oceania em mundiais.

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Os neozelandeses estiveram presentes em 1982 e 2010. Nesta última registraram um raro desempenho: foram eliminados na primeira fase empatando todas as suas três partidas.

Já a Austrália irá para a sexta aparição. As duas iniciais ocorreram em solo alemão numa distância de 32 anos. Sua estreia data da Copa de 1974 e o retorno em 2006. Esta edição, inclusive, marcou a última dos “Socceroos” nas eliminatórias da Oceania.

Havia uma enorme discrepância de nível entre o país e os demais concorrentes do continente. A federação australiana há décadas pleiteava junto à AFC (Confederação Asiática de Futebol) sua participação nas eliminatórias. Tal atitude seria benéfica não somente na equiparação de forças com outras seleções, como também na possibilidade de conseguir a classificação direta, já que a equipe verde e amarela geralmente ficava pelo caminho na disputa de repescagem. A Fifa nunca cedeu vaga automática à OFC (Confederação de Futebol da Oceania). 

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Após a permissão concedida pela AFC em 2005, a Austrália passou a competir contra os asiáticos a partir das eliminatórias para a Copa de 2010. Desde então, nunca mais ficou fora.

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Sua melhor performance ocorreu em 2006, quando foi eliminada nas oitavas de final pela Itália, posterior campeã daquele certame.

Estreia de um país asiático em Copa do Mundo ocorreu na terceira edição

A Ásia teve a Indonésia, ainda sob o nome de Índias Orientais Holandesas, como sua primeira figura em Copas. O debute ocorreu em 1938. Aquela seleção caiu logo na estreia ao sofrer um sonoro 6 a 0 para a Hungria, futura vice-campeã.

Após ausência em 1950, o retorno de uma seleção do continente ocorreu em 1954. A exemplo da Indonésia, a Coreia do Sul também não fez um bom papel. Pior: sofreu duas goleadas acachapantes que a eliminaram do torneio. Pela fase de grupos, os sul-coreanos foram vítimas da segunda maior goleada da história das mundiais, um 9 a 0 desferido pela Hungria de Ferenc Puskás e Sándor Kocsis. Na partida seguinte houve outra derrota humilhante, desta vez por 7 a 0 para a Turquia.

O regresso de uma nação asiática aconteceu em 1966 depois de um hiato de duas edições. Desta vez, enfim, houve uma boa campanha protagonizada pela Coreia do Norte.

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Somente a partir de 1978 os selecionados da AFC passaram a obter frequência e participam de todos os mundiais desde então.

Desempenho da região possui poucos destaques

China, Emirados Árabes, Irã, Iraque, Israel e Kuwait nunca passaram da fase de grupos em suas participações. A Indonésia jogou apenas a partida mencionada diante da Hungria pelas oitavas de final. O sistema daquela edição iniciou já na fase eliminatória.

O Japão parou nas oitavas de final em três ocasiões: 2002, 2010 e 2018. Na mais recente, inclusive, poderia ter cruzado o caminho da seleção brasileira nas quartas de final. Os japoneses abriram 2 a 0, entretanto, sofreram uma incrível virada no final e caíram para a Bélgica, que posteriormente eliminaria o Brasil e terminaria na terceira posição.

Outra seleção a parar nesta fase foi a Arábia Saudita, derrotada por 3 a 1 para a Suécia, terceira colocada em 1994.

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Já a Coréia do Norte surpreendeu logo em sua estreia e alcançou as quartas de final da Copa de 1966. Assim como nos dois exemplos anteriores, a equipe foi eliminada por outra que viria a conquistar um terceiro lugar. Trata-se da seleção portuguesa do lendário Eusébio, artilheiro daquela edição com nove gols.

Pela fase de grupos da edição de 1966, Coreia do Norte impôs uma ‘zebra’ e bateu a Itália por 1 a 0 com gol de Pak Doo-Ik / Foto: Associated Press

Sob muitas polêmicas, Coréia do Sul registrou o melhor resultado de um país oriental em mundiais

Em 2002, quando sediou o evento em conjunto com o Japão, a Coréia do Sul conseguiu um expressivo porém questionável quarto lugar. Dois jogos polêmicos pelas oitavas e quartas de final marcaram sua trajetória.

A Itália foi eliminada esbravejando contra lances capitais ocorridos na prorrogação. Ao fim da primeira etapa extra, houve muita reclamação pela expulsão de Totti, acusado pelo árbitro equatoriano Byron Moreno de simular um pênalti. No segundo tempo a arbitragem assinalou impedimento e anulou incorretamente um gol de Tommasi. A Azzurra, portanto, se viu prejudicada em ambas as chances criadas para marcar o “Gol de Ouro” e assim avançar de fase. O golpe fatal nos europeus ocorreu a três minutos do fim. Ahn Jung Hwan acertou uma cabeçada que decretou a passagem asiática às quartas de final.

Buffon não teve chances no gol de cabeça de Ahn Jung Hwan, que despachou a Itália nas oitavas de final da Copa de 2002

Por esta fase a Espanha fez valer ao pé da letra seu apelido de “La Furia” e saiu de campo para lá de furiosa com a anulação de duas oportunidades. O árbitro egípcio Gamal Ghandour apitou uma carga questionável de Baraja sobre Kim, autor do gol contra. Posteriormente um de seus assistentes marcou, erroneamente, uma saída de bola pela linha de fundo num cruzamento de Joaquín, complementado para o gol na cabeçada de Morientes.

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Lance em que Joaquín cruza a bola sem deixá-la sair e Morientes anota o gol incorretamente anulado

E as polêmicas não pararam por ali. Ghandour ignorou um adiantamento acintoso de Kim Tae-Young ao defender a cobrança de Joaquín na disputa de pênaltis. O capitão Hong Myung Bo converteu sua batida e classificou uma seleção asiática pela primeira vez à uma semifinal de Copa do Mundo. A Coréia do Sul ficou com a quarta colocação após derrotas para Alemanha, na semifinal, e Turquia, na disputa do terceiro lugar.

Campanhas das seleções

Recordistas de participações do continente, os sul-coreanos embarcarão rumo à sua 11ª edição, a décima em sequência. O Japão irá para seu sétimo Mundial, todos de forma consecutiva. Arábia Saudita, Austrália e Irã, também classificados, competirão pela sexta vez.

Oceania

Austrália – 5 (1974, 2006, 2010, 2014 e 2018)

16 jogos: 2 vitórias, 4 empates e 10 derrotas

Gols: 13 marcados e 31 sofridos, saldo de -18

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Artilheiro: Tim Cahill – 5 gols

Melhor campanha: Oitavas de final (2006)

Nova Zelândia – 2 (1982 e 2010)

6 jogos: 3 empates e 3 derrotas

Gols: 4 marcados e 14 sofridos, saldo de -10

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Artilheiros: Winston Reid, Shane Smeltz, Steven Sumner e Steven Wooddin

Melhor campanha: 1ª fase

Ásia

Coréia do Sul – 10 (1954, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018)

34 jogos: 6 vitórias, 9 empates e 19 derrotas

Gols: 34 marcados e 70 sofridos, saldo de -36

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Melhor campanha: 4º lugar (2002)

Artilheiros: Ahn Jung-hwan, Park Ji-sung, Son Heung-min – 3 gols

Japão – 6 (1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018)

21 jogos: 5 vitórias, 5 empates e 11 derrotas

Gols: 20 marcados e 29 sofridos, saldo de -9

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Artilheiro: Keisuke Honda – 4 gols

Melhor campanha: Oitavas de final (2002, 2010 e 2018)

Arábia Saudita – 5 (1994, 1998, 2002, 2006 e 2018)

16 jogos: 3 vitórias, 2 empates e 11 derrotas

Gols: 11 marcados e 39 sofridos, saldo de -28

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Artilheiro: Sami Al-Jaber – 3 gols

Melhor campanha: Oitavas de final (1994)

Irã – 5 (1978, 1998, 2006, 2014 e 2018)

15 jogos: 2 vitórias, 4 empates e 9 derrotas

Gols: 9 marcados e 24 sofridos, saldo de -15

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Artilheiros: Sohrab Bakhtiarizadeh, Iraj Danaeifard, Hamif Estili, Yahya Golmohammadi, Reza Ghoochannejhad, Mehdi Mahdavikia, Hassan Rowshan e Karim Ansarifard – 1 gol

Melhor campanha: 1ª fase

Coréia do Norte – 2 (1966 e 2010)

7 jogos: 1 vitória, 1 empate e 5 derrotas

Gols: 6 marcados e 21 sofridos, saldo de -15

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Artilheiro: Pak Seung-zin – 2 gols

Melhor campanha: Quartas de final (1966)

China – 1 (2002)

3 jogos: 3 derrotas

Gols: Nenhum marcado e 9 sofridos, saldo de -9

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Melhor campanha: 1ª fase

Emirados Árabes – 1 (1990)

3 jogos: 3 derrotas

Gols: 2 marcados e 11 sofridos, saldo de -9

Artilheiros: Ali Jumaa e Khalid Ismail – 1 gol

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Melhor campanha: 1ª fase

Índias Orientais Holandesas/atual Indonésia – 1 (1938)

1 jogo: 1 derrota

Gols: Nenhum marcado e 6 sofridos, saldo de -6

Melhor campanha: Oitavas de final (1ª fase na época) 

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Israel – 1 (1970)

3 jogos: 2 empates e 1 derrota

Gols: 1 marcado e 3 sofridos, saldo de -2

Artilheiro: Mordechai Spiegler – 1 gol

Melhor campanha: 1ª fase

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Iraque – 1 (1986)

3 jogos: 3 derrotas

Gols: 1 marcado e 4 sofridos, saldo de -3

Artilheiro: Ahmed Hadhi – 1 gol

Melhor campanha: 1ª fase

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Kuwait – 1 (1982)

3 jogos: 1 empate e 2 derrotas

Gols: 2 marcados e 6 sofridos, saldo de -4

Artilheiros: Faisal Al-Dakhil e Abdallah Al-Buloushi – 1 gol

Melhor campanha: 1ª fase

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