Retornando ao calendário da Fórmula 1 em 2022, o Grande Prêmio do Japão viveu situação complicada neste final de semana. Após as chuvas fortes que caíram no circuito de Suzuka, a decisão dos comissários de punir em 5 segundos o piloto da Ferrari, Charles Leclerc, foi crucial para confirmar o título de Max Verstappen.
No entanto, seja pilotos como todos no paddock ficaram sem entender o resultado, causando um clima desagradável no Japão. “Eu não sabia quantos pontos eu ia ganhar pela vitória. Estava tentando entender”, comentou Verstappen, assim que soube da confirmação do bicampeonato.
Punido pelos comissários após passar reto no chicane, Charles Leclerc já esperava o título de Max, mas não entendeu a maneira que foi finalizada a etapa. “Não entendi nada sobre a pontuação de hoje. Achei que faltavam duas voltas, mas faltava só uma no final. São várias coisas que não estavam claras para mim”, comentou o monegasco.
Entenda a polêmica da regra que deu o bi à Verstappen
Desde 2021, a FIA adotou uma regra na Fórmula 1 que todas as provas teriam que ser realizadas em no máximo, três horas. No mesmo ano, a etapa na Bélgica precisou seguir essa regra, realizando apenas uma volta com o safety car na frente, sem a bandeira verde.
Ao que tudo indica, houve uma falha na redação da regra para a temporada 2022. Para evitar o ocorrido da etapa de Spa-Francorchamps, a regra do horário limite não detalhava que quando a prova termina, sem ter todas as voltas sendo concluídas. O resultado não foi diferente: equipes, pilotos e todos os torcedores ficaram sem entender a situação.
Após a Red Bull acompanhar o replay da corrida, vendo a disputa entre Sergio Pérez e Charles Leclerc, Verstappen apareceu para ver o motivo da conquista do título. Na hora, o holandês foi abraçado pelos companheiros de equipe, além de Fernando Alonso e Lando Norris.
Pilotos se revoltam com “replay” de 2014
Oito anos após o acidente que resultou na morte de Jules Bianchi, piloto da Marussia, o trator que retirava o carro de Carlos Sainz foi motivo de revolta para os pilotos. Quando um veículo de resgate entra na pista em provas com chuva, automaticamente os pilotos precisam aguardar o retorno aos boxes para prosseguir na corrida, o que não aconteceu.
Após a corrida, George Russell aproveitou para criticar a situação. “As pessoas não entendem que o carro de Fórmula 1 não é feito para andar devagar, e não tem aderência quando anda assim. É mais perigoso pilotar um carro atrás do Safety Car do que quando estamos forçando. Tinha um carro que saiu da pista porque aquaplanou e poderia acontecer com outros”, disse o inglês.
Outros exemplos de pilotos que ficaram constrangidos com a situação foi Esteban Ocon, Lewis Hamilton e Pierre Gasly, que relembrou o caso de Bianchi ter sido parecido com a situação do último domingo.