Logo após retornar do futebol árabe para o Corinthians, o meio campo Ramiro passou por altos e baixos e agora vê o seu contrato chegando ao fim com o Timão.
Porém, mesmo com três meses pela frente, o meia ainda não fala em “adeus” e deixa em aberto uma possível renovação.
Em entrevista exclusiva para o “ge”, o meia prometeu máximo empenho em campo e sonha com uma possível conquista:
“Quem sabe sair com um título?”, disse Ramiro se referindo a conquista da Copa do Brasil
Mas quando perguntado sobre o seu futuro no Timão, Ramiro deixou a situação em aberto.
“Não descarto a renovação, mas até agora nada foi conversado”, disse o meia do Corinthians.
A princípio, Ramiro foi contratado no final de 2018 e até aqui, disputou 111 jogos pelo Corinthians, onde marcou seis gols.
No ano passado, o jogador foi emprestado para o futebol árabe, onde afirma ter vivido “uma grande experiência de vida”.
Confira os pontos da entrevista onde Ramiro fala sobre o Corinthians
Como foi o retorno ao Corinthians, depois do futebol árabe?
“Quando eu retornei, finalizando o contrato lá, sabendo que não ficaria, me foi passado que eu seria atleta do clube, como sempre fui. Se o treinador optasse por me utilizar, eu estaria à disposição, e estaria a cargo dele usar ou não.
Fui conquistando meu espaço aos poucos e recebi a oportunidade contra o Avaí. Mas eu estou com a minha cabeça tranquila, procurando ajudar o grupo e o clube da forma que posso”.
Como você foi recebido pelo técnico Vitor Pereira?
“Tivemos uma conversa logo na chegada, mas não é uma conversa que se estende muito, é mais simples, objetiva. Ele abrindo as portas e dizendo tipo assim, cara, é contigo, trabalha e busca seu espaço, você está na mesma condição de todos no elenco, eu não te conheço, não trabalhamos juntos, então trabalha para conquistar seu espaço, se você merecer… Não tem privilégio, tratamento diferente”.
Mudou muito o Corinthians de 2021 para esse que encontrou em 2022?
“Muda a forma de trabalhar, né? Foi a primeira vez que trabalhei com o treinador estrangeiro, e, também, muda isso de ter que se adaptar, mas perfeitamente normal dentro do futebol”.
Foi difícil se readaptar ao futebol daqui?
“A forma e a velocidade do jogo mudam. Então, quando volto, a parte física estava abaixo. Treinei nas férias, mas não estava no nível dos demais que estavam em meio de temporada. E a velocidade do jogo é diferente, demorei um pouco para pegar no tranco, mas já estou em perfeita sintonia com o futebol brasileiro”.
O que foi mais prazeroso e o que foi mais difícil nesse período no clube?
“Vivi no Corinthians três temporadas e, dentro dessas, talvez, uma e meia, na pandemia, sem o torcedor. E sabemos que no Corinthians é o 12º jogador, uma força absurda que vem da arquibancada. Isso fez falta em um ano e meio da minha passagem, então foi extremamente desafiador.
É o dia a dia do clube ser muito bacana, de funcionários, cria-se uma família dentro do CT, um lugar que te deixa à vontade para dar o melhor, pessoas que querem seu bem, pessoas que torcem para o clube de fato”.