Home Mídia Esportiva Casagrande fala sobre drogas e trauma familiar que o fez intensificar uso

Casagrande fala sobre drogas e trauma familiar que o fez intensificar uso

Comentarista e ex-jogador abriu o jogo sobre relação com as drogas e revelou trauma familiar

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Walter Casagrande Júnior, ex-jogador e comentarista esportivo, abriu o jogo sobre sua dependência química e sobre o consumo de drogas durante a vida em entrevista ao sita Viva Bem, do UOL. Ele disse que se tornou dependente no fim dos anos 1990, entre 1998 e 1999, quando já estava na Globo, e que sofreu problemas graves por conta da doença.

Ele admitiu que no auge da dependência chegou a ficar sem sentimentos ou a não compreender nada que sentia.

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“Depois de muitos anos de cocaína, você fica um cara frio, nada mexe muito com você emocionalmente, você não chora, quase não ri”, revelou Casagrande sobre seu vício.

“Ninguém que usa cocaína fica contando piada (…) Os sentimentos ficam descontrolados. A paixão era muita paixão, o amor era muito amor. Eu não sabia como eu sentia as coisas. Você não sabe o que sente pelas pessoas, se está mesmo acontecendo algo que condiz com a felicidade ou não.”

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Casagrande explicou trauma familiar

Ainda ao Viva Bem, Casagrande falou sobre saúde mental durante o tratamento. Sem utilizar drogas há alguns anos, o ex-jogador disse que teve traumas em sua infância que precisaram ser tratados. Além disso, disse que nos anos 1970 perdeu sua irmã, Zildinha, então com 22 anos.

“Eu tive traumas de infância que interferiram muito na minha mente. É aí que entra a realidade do tratamento em saúde mental, você aceitar que é dependente e partir para cima dos problemas emocionais. E a maioria não quer porque dói. Muito”, admitiu Casagrande.

Ele intensificou o uso de drogas para sentir menos a dor da morte de sua irmã, que era também sua melhor amiga.

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“Eu fui um deles (que sofreu), você usa droga exatamente para não sentir dor. Quando você vai fazer o tratamento, tem que ter coragem (…) Eu engoli a seco a morte dela e decidi que não ia mudar meu ritmo de vida. Via meus pais sofrerem todo dia e não queria sofrer também (…) Ficou aquela raiva, tudo para dentro, algo insuportável.”

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