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Dorival Júnior chegou no Flamengo recentemente e já trouxe impacto imediato ao clube. O treinador encontrou uma equipe ideal e conseguiu montar um time dominante e difícil de ser batido. Sendo assim, as comparações com Jorge Jesus são inevitáveis. O português também teve um início avassalador e fez o Rubro-Negro se tornar extremamente competitivo, tudo isso com um futebol de encher os olhos.
Se há semelhanças entre os dois treinadores, uma diferença na forma de trabalhar é clara: Dorival tem como preferência rodar o elenco. Nas últimas semanas, a tendência vem sendo duas equipes totalmente diferentes entrando em campo. Na Copa do Brasil e Copa Libertadores da América, os considerados titulares, enquanto no Brasileirão Série A, outro ’11 inicial’ é escalado.
Neste cenário, Dorival consegue manter o alto nível físico dos atletas, além de dar oportunidades para todos. Com isso, os principais atletas mantém ritmo de jogo e, principalmente, diminuem as chances de lesões. O Flamengo ainda está vivo e briga pelas três principais taças da temporada.
“Não podemos abrir mão de maneira nenhuma, temos que nos manter vivos. É importante manter o elenco pronto e confiante como tem sido. São duas equipes titulares que têm honrado, vestindo e mantendo regularidade. Temos que continuar trabalhando, buscando a melhor equipe possível, que não considero titulares ou reservas. São jogadores do Flamengo e estão dando um ótimo resultado, quer joguem na quarta ou no domingo”, explicou Dorival.
Everton Cebolinha e Arturo Vidal, grandes nomes que foram contratados recentemente, fazem parte do time que está sendo titular no Brasileirão Série A. Eles também costumam entrar ao longo dos jogos de mata-mata, como aconteceu nas duas partidas diante o Corinthians.
O Flamengo de Jorge Jesus, que fez história em 2019 ao conquistar o Campeonato Brasileiro e Libertadores, tinha uma outra maneira de trabalho neste sentido. Na ocasião, o Rubro-Negro foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil para o Athletico, assim que o português chegou. No segundo semestre, a equipe carioca tinha apenas duas competições para disputar e o ‘Mister’ tinha como preferência manter o 11 inicial ideal.
“Minha cultura não é essa (de rodar o elenco). E os jogadores provam domingo a domingo. Descansar? Isso não existe. Vamos descansar nos dias que temos. Quinta, sexta, sábado. Domingo é para correr. Se tivermos jogadores com sinais de lesão, é outra coisa”, explicou Jorge Jesus é uma das entrevistas pelo Flamengo em 2019.
Portanto, os dois treinadores têm em comum bons resultados imediatos no início de trabalho pelo Flamengo, além de uma estrutura de jogo que encanta e potencializa as individualidades. Mas uma das grandes diferenças é a maneira como tudo isso é conduzido.
O Flamengo tem dois jogos contra o Athletico Paranaense de Felipão nos próximos dias. Primeiro, no domingo (14), um embate pelo Brasileirão. Em seguida, na quarta-feira (17), a decisão pela Copa do Brasil.
