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Abel Ferreira, pelo Palmeiras, e Jorge Jesus, no Flamengo, se tornaram treinadores históricos no futebol brasileiro. Vencedores e dominantes, os portugueses criaram novas tendências em solo sul-americano e fazem parte de muitos debates ao longos dos últimos anos. Depois do sucesso ds dois, outras treinadores de Portugal passaram a ser contratados por clubes brasileiros.
Com o sucesso histórico de Abel Ferreira, que ainda está vivo na luta pela terceira Libertadores seguida, as comparações com Jorge Jesus são inevitáveis. O ‘Mister’ venceu a América e o Brasileirão Série A com um futebol que uniu espetáculo com resultado.
O jornalista Renato Maurício Prado analisou os dois treinadores e ressaltou que entende quem prefere Abel Ferreira. No entanto, ele argumentou a favor de JJ:
“Abel já deve ser considerado melhor que Jorge Jesus? Pelo tempo maior de trabalho e o número de títulos conquistados é compreensível que muita gente pense assim. Mas o futebol avassalador, encantador e irresistível que o Flamengo do Mister praticou em 2019 (e no início de 2020) me parece ainda inigualável. Uma pena que não tenha continuado, ou voltado, para que esse duelo pudesse ser visto”, opiniou o jornalista.
Em 57 partidas no Flamengo, entre 2019 e 2020, Jorge Jesus venceu cinco títulos: Campeonato Brasileiro, Libertadores, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca.
Abel Ferreira tem mais tempo de trabalho no Palmeiras. Ele está desde outubro de 2020, perto de completar dois anos no cargo. Neste período, o português também conquistou cinco troféus: duas Libertadores (2020 e 2021), Copa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2022), e o Paulistão de 2022.
Líder absoluto no Brasileirão Série A, com seis pontos de vantagem em relação ao Corinthians, Abel Ferreira busca ampliar ainda mais a coleção de títulos. Já Jorge Jesus teve volta especulada ao Flamengo, mas fechou com Fenerbahçe e adiou mais uma vez um possível retorno.
Abel Ferreira fala sobre força mental do Palmeiras
“Sobre o lado mental, esta equipe acredita. Vem das mães e pais deles, é fruto dos pais e mães destes jogadores, que devem estar orgulhosos do que eles fazem. A crença e espírito de união tem muito a ver com eles. Minha cota é de 30%, já disse várias vezes. O resto são eles. Não corri, não me desgastei, estava quietinho, eles lutaram até o fim, foram ao fundo do espírito e capacidades coletivas” disse Abel Ferreira.
