Essencial na conquista do tetra, Romário acredita que o feito irá se repetir, desta vez no Catar, desde que o grupo da seleção esteja comprometido. Em entrevista ao canal “Que Papinho”, o ex-jogador destacou que os 26 nomes convocados por Tite não podem se distrair por questões extracampo e Neymar precisa estar ciente do seu papel no time do Brasil.
Além de citar seu exemplo em 1994, Romário lembrou que Ronaldo, em 2002, também chamou a responsabilidade na Copa do Mundo. Sendo assim, Neymar precisa demonstrar que é o craque da atual geração e inspirar confiança de seus companheiros.
“Como experiência de ter ganho, o grupo tem que estar voltado para ganhar a Copa do Mundo. Hoje, o futebol é muito diferente de 1994, é regido pelo dinheiro e os grandes contratos, de jogador e publicidade, principalmente de redes sociais, que é muito bom, nada contra. Se o grupo não tiver com esse pensamento, deixar essas p… de lado e não concentrar para isso, não vai (ser campeão)”, disse.
“O Brasil ganhou em 94 porque os caras entenderam que tinham que jogar pra mim. Em 2002, ganhou porque os caras entenderam que tinham que jogar pro Ronaldo. O Brasil jogou pro Romário em 94, ele foi lá e fez seu papel. O Brasil jogou pro Ronaldo em 2002, ele fez seu papel. Agora, no Catar, partindo da premissa que o time vai com esse pensamento, tem que jogar pro Neymar. Agora, o Neymar tem que fazer a p… que tem que fazer. Tem que fazer o que o Romário fez em 94, o que o Ronaldo fez em 2002 e o que o Pelé fez em 70. O resto é o resto. Esse é o pensamento (falar que tudo vai dar certo). Partindo disso, ele está na frente“, completou.
“Essa temporada vai entrar tudo, é só chutar” – Neymar Jr pic.twitter.com/TcrVXNMTVg
— Gênio Neymar Jr.³ (@genioneymarjr1) August 1, 2022
Neymar tem a mesma moral de Romário?
Recordando a preparação antes do tetra, o Baixinho relatou que os demais atletas tinham uma extrema confiança em seu futebol. Mesmo assim, o ex-jogador descartou que tenha vencido a Copa sozinho, mas fez questão de exaltar a participação nos Estados Unidos.
“Na Copa há uma expectativa diferente de qualquer outra competição. Falo por mim: a minha concentração naquela Copa (1994) foi diferente de todas as outras competições que eu joguei. Eu tinha uma responsabilidade diferente dos outros. Eu sabia que se desse errado, tudo que aconteceu na minha não aconteceria. Eu fiz uma preparação diferente e especial. Em 90, eu tive uma lesão. Não estava 100% nem clinicamente e nem fisicamente. Em 94, eu me preparei. Copa do Mundo é Copa do Mundo, todo jogador sonha, até os mais m… eu falei que iria ser a minha Copa”, afirmou.
“Os caras sabiam que eu era diferente. Nem precisava (falar). Os caras sabiam que eu podia resolver. Por mais que eu tivesse sido o que eu fui, eu nunca falei que eu ganhei a Copa sozinho. Eu falei que eu tinha 50% (dos méritos) dentro de campo. Todo mundo tem que admitir que a probabilidade do Brasil não ganhar se eu não tivesse era bem real”, finalizou.