Sem espetáculo, mas com garra e determinação, o Brasil confirmou seu domínio no futebol feminino e conquistou a Copa América Feminina pela oitava vez em nove edições. O título veio com uma vitória suada por 1 a 0 sobre a Colômbia, na noite deste sábado, em Bucaramanga, na Colômbia.
As duas equipes já tinham conseguido as metas principais no torneio: a classificação para a Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e para as Olimpíadas de Paris-2024. O título era a chave de ouro, a cereja do bolo, e a Colômbia entrou com muita disposição física e disciplina tática para, com o auxílio da torcida, tomar o lugar do Brasil no topo.
Esses fatores se impuseram ao melhor domínio técnico e tático do Brasil, que passou o jogo todo praticamente sem conseguir criar chances concretas. O time de Pia Sundhage abusou dos cruzamentos e lançamentos longos, sem conseguir tabelas e aproximações rápidas, como vinha sendo a marca no torneio. E ainda sentiu falta da volante Angelina, que saiu machucada ainda no primeiro tempo.
O gol brasileiro saiu na única jogada mais ou menos bem planejada da etapa inicial: Debinha recebeu passe curto e, na hora de girar, foi calçada pela defensora colombiana. Pênalti que a própria Debinha bateu para abrir o placar.
O cenário do jogo, contudo, não mudou. Mesmo precisando de um gol para empatar a partida e levar a decisão para os pênaltis, a Colômbia não conseguiu transformar a superioridade física em chances concretas de gol. As principais tentativas foram em cobranças de falta e escanteio ou em chutes de longe, sempre bem defendidos pela goleira Lorena.
Na etapa final, o Brasil ainda tentou alguns contra-ataques, mas, depois dos 25 minutos, praticamente só se defendeu. Todas as tentativas de criar resultavam em passes errados ou lançamentos sem direção. Mas, ao fim de 90 minutos de correria e sofrimento, o Brasil pôde mais uma vez gritar “é campeão”.