Terceiro colocado no GP da Áustria, no último domingo, Lewis Hamilton disse ter ficado “enojado” ao ser informado de que torcedores relataram acusações de ofensas racistas e homofóbicas e até atos de assédio e abuso sexual ocorridos nas arquibancadas do circuito de Spielberg.
“Estou enojado e desapontado de ouvir que alguns fãs tiveram de encarar racismo, homofobia e comportamento abusivo de uma forma geral no circuito. Frequentar um GP jamais deveria ser fonte de ansiedade ou dor para os torcedores e alguma coisa precisa ser feita para que as corridas possam ser espaços seguros para todos”, escreveu o piloto em seu Instagram.
A FIA e a Liberty Media, gestora da Fórmula 1, iniciaram investigações sobre o caso, definido como “inaceitável”. Nas redes sociais, torcedores, especialmente mulheres, relataram casos de agressão, como torcedores embriagados passando a mão e mexendo em roupas, levantando vestidos e xingando inglesas que se queixavam.
Heptacampeão mundial, Hamilton se colocou nos últimos anos como líder informal dos pilotos em manifestações de defesa dos direitos humanos. Conseguiu convencer a Mercedes a pintar suas tradicionais “flechas de prata” de preto nas temporadas 2020 e 2021, veste camisas com mensagens e realizou manifestações acompanhadas de outros pilotos dentro de uma campanha criada pela própria Fórmula 1 com o nome “We Race as One”, ou “Corremos como um só”, em tradução livre.
Dentro da pista, Hamilton começa a esboçar uma reação no Mundial, com o quarto pódio, o terceiro consecutivo, e o sexto lugar no Mundial de Pilotos, com 109 pontos.
A Fórmula 1 folga neste fim de semana e volta para o GP da França, em Paul Ricard, no dia 24. Os treinos livres começam na sexta, 22.