O atacante Michael, xodó da torcida do Flamengo, que atualmente defende o Al Hilal, da Arábia Saudita, concedeu uma entrevista ao jornalista Alê Oliveira e falou sobre o futuro da sua carreira. De acordo com o jogador, alguns fatos nos últimos meses mudaram a concepção dele.
Entre os principais motivos do pensamento de Michael está o falecimento de sua mãe, que aconteceu cerca de um mês atrás e mexeu muito com o atacante.
“Minha mãe morreu tem um mês. Estou com muita saudade dos meus irmãos, do meu pai. Parece que a gente quer ficar mais próximo dele. Foi um baque, minha mãe ficou internada 12 dias. Aí nessa hora você pensa: “de quê adianta o dinheiro?”. Eu tinha o dinheiro que podia, mas não consegui salvar a minha mãe. E aí? Você vê que o dinheiro não é tudo. Eu levei a minha mãe para o Rio, fiquei com ela dois dias antes de viajar. Ela estava boa, tomando a cervejinha dela, comendo a carninha. E quando eu volto (ao Brasil) é para velar a minha mãe. Para mim é um baque. Não é só o futebol em si, que não é tão legal. Tem a saudade da família”, revelou Michael.
Michael revela saudade do Flamengo e dificuldade na Arábia
O atacante ex-Flamengo falou sobre a adaptação na Arábia, relatou dificuldades principalmente com o idioma e os costumes dos jogadores que atuam por lá.
“Para mim, tanto faz quanto tanto fez. Já vivi com pouco. Hoje eu tenho, graças a Deus. Mas não é dinheiro que me move. Quando saí do Goiás para o Fla, ganhava um valor que as pessoas não acreditavam, diziam ‘você não ganha só isso’. Eu ganhava, mas estava feliz. O importante para mim não é o valor que ganho, mas quem sou no clube. O Flamengo devolveu a minha vontade de viver e de jogar bola. Sou alegre, gosto de música, de resenha. Lá é diferente, tenho que não ser eu. Eu canto, grito, converso com todos. Não falo árabe, nem inglês. A adaptação é difícil para mim. Tem jogador lá que até desliga a minha caixinha de som no vestiário”, concluiu.
Vale lembrar que o atacante foi vendido em janeiro deste ano pela quantia de US$ 8,45 milhões (R$ 45,5 milhões). O valor era válido pelos 80% que pertenciam ao clube carioca. Seu contrato com o Al Hilal é de três anos e com um salário de R$ 12,91 milhões por ano.