Apostar na Betnacional
O atacante Deyverson está livre no mercado em busca de um novo clube para atuar no segundo semestre da temporada após o fim do contrato com o Palmeiras. E ele sabe que sua personalidade ‘elétrica’ em campo acabou fechando algumas portas e ainda pode atrapalhar seu futuro profissional.
Durante participação no podcast ‘Fala, Brasólho’, do canal Desimpedidos, no YouTube, o autor do gol do título do Palmeiras na Libertadores 2021 explicou porque adotou um estilo que o fez ganhar o apelido de “menino maluquinho”.
— Eu fui um cara muito rejeitado quando era mais jovem porque era muito elétrico. Por eu ser um cara rejeitado, eu criei uma forma de chamar atenção. Eu queria chamar atenção de outra forma, e essa forma foi errada. No futebol as pessoas queriam me matar. Eu era odiado por essas coisas que eu fazia, não é nem pelo futebol, porque os caras sabem que eu dava a vida, mas por essas coisas que no Palmeiras não cabe. O Palmeiras é como um Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique pela estrutura, pela forma como são as coisas lá dentro. Eu sei que isso foi uma coisa que eu errei — disse Deyverson.
[DUGOUT dugout_id=”eyJrZXkiOiIxMnBPRjUzZCIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]
Aos 31 anos e com passagens por clubes portugueses e espanhóis, o atacante não conteve o choro ao falar das críticas que recebeu ao longo da carreira. Deyverson acredita que o gol marcado contra o Flamengo na final da Libertadores abriu muitas portas, mas faz questão de ressaltar o interesse das pessoas.
— Esse gol da Libertadores me abriu muitas portas, só que eu sou um cara consciente. Hoje é fácil me abraçar e ligar pra mim, mas muita gente não quer saber do Deyverson. Eles querem saber do momento que eu estou vivendo. As pessoas tem que entender que, quando menos se espera, mais você surpreende. Eu fui apedrejado em vários programas, ninguém queria me chamar, mas hoje é fácil me convidar. Quando eu mais precisei, eu não tive ninguém pra me dar a mão. Hoje é fácil, mas só eu sei o que eu passei e sofri. Hoje eu valorizo quem esteve comigo no meu sofrimento, que foi minha família e meus amigos de verdade.
Deyverson afirmou ainda que críticas que recebeu em sua primeira passagem pelo Palmeiras afetaram especialmente seus familiares – o atacante contou ‘respondeu’ fazendo o bem.
— A mim me dá mais força, mas eu tenho família. Tenho minha mãe, meu pai, que muitas vezes foi para o hospital por isso. Minha me ligava todo o dia chorando, falando que estavam me apedrejando. Minha mãe todo dia me mandava áudio falando que estavam falando de mim, eu eu dizia para ela ficar em paz e não se preocupar com o que as pessoas estavam falando. Eu falava: ‘Fica tranquila, é só uma fase e vai passar’. E passou. Não mostrei para as pessoas fazendo o mal, mostrei fazendo o bem. Só quem passou comigo sabe porque eu estou chorando. Foram mais coisas que eu passei — completou Deyverson.
Amanhã o Neto vai xingar até a quinta geração do Deyverson 🤣pic.twitter.com/jDlPE9LSTy
— SEP MEMES (@sepmemes_) June 22, 2022
Deyverson pelo Palmeiras:
Contratado pelo Palmeiras em julho de 2017 por quase R$ 20 milhões, Deyverson encerrou seu contrato com o clube no início do mês após o técnico Abel Ferreira definir que não iria contar com o jogador para a sequência da temporada.
Ao todo, Deyverson disputou 144 jogos com a camisa do Palmeiras, somando ainda 31 gols, 10 assistências e quatro títulos pelo clube: Brasileirão (2018), Libertadores (2021), Recopa (2022) e Campeonato Paulista (2022).
