Tom Ovrebo era o árbitro da semifinal da Champions League na temporada 2008/2009 e foi criticado por sua postura no que Mourinho chamou de “Escândalo de Stamford Bridge”
O ano de 2009 seria marcado pela fantástica fábrica de futebol do Barcelona de Pep Guardiola, que tornaria-se o primeiro (feito repetido pelo Bayern em 2020) time a vencer todos os títulos da temporada. Venceu a La Liga, Copa do Rei, Supercopa da Espanha, Supercopa da Europa, Champions League e o Mundial de Clubes. Uma equipe lendária marcada nos anais da história do futebol.
Porém, tudo poderia ter sido diferente se Tom Henning Ovrebo tivesse uma postura diferente no segundo jogo da semifinal no Stamford Bridge.
O jogo
Barcelona e Chelsea se enfrentavam por uma vaga na final. Para o Chelsea, poderia ser a 2ª final consecutiva e uma chance de redenção após a derrota em 2008 para o Manchester United. Para o Barcelona, era a consagração de um estilo de jogo que mudaria para sempre a história do futebol. No primeiro jogo no Camp Nou, 0x0. No segundo jogo no Stamford Bridge, um voleio de Essien abriu o placar para os Blues. O Chelsea continuou pressionando e os torcedores reclamavam de pelo menos 2 pênaltis quando Iniesta empatou para o Barcelona. O empate em 1×1 dava a classificação para a equipe catalã devido a regra dos gols fora de casa.
“Eu tenho certeza que o fim do jogo teria sido mais tranquilo para nós (árbitros) se aquele gol não tivesse acontecido. O Chelsea teria ido a final e seus torcedores teriam ido a um pub”, afirma Ovrebo.
No último lance da partida, nova polêmica. Ballack chuta e a bola bate no braço de Eto’o. A torcida e os jogadores do Chelsea vão a loucura, mas o pênalti não é marcado.
A equipe londrina já reclamava de uma mão de Piqué e um pênalti de Dani Alves em Malouda. Ovrebo viu o lance fora da área e deu apenas falta.
“Eu não acho que os torcedores do Chelsea estão certos sobre a quantidade de reclamações, mas acho que todos aqueles que entendem de futebol, sabem que um pênalti deveria ter sido marcado. Isso acontece, principalmente antes do VAR. As vezes, você erra em um pênalti, um cartão vermelho ou uma decisão crucial”, afirma o árbitro norueguês, sem entretanto, afirmar sobre qual dos lances ele teria errado. “Eles podem especular quais lances deveriam ter sido pênalti. Não darei a resposta correta.”
No fim, o Barcelona foi para a final, encantou o mundo e levantou o troféu. 3 anos depois, em 2012, as equipes voltariam a se enfrentar em uma semifinal, com os Blues levando a melhor e sendo campeão mais tarde, após derrotar na final, o Bayern de Munique.
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