Ex-jogador disparou também contra profissionais que estavam ao redor no momento da cabeçada
O gesto de agressão do técnico Rafael Soriano contra a auxiliar de arbitragem Marcielly Neto no intervalo de jogo no Campeonato Capixaba foi repercutido por Neto no programa “Os Donos da Bola” nesta segunda-feira (11). Irritado com o profissional que foi demitido da Desportiva Ferroviária, o apresentador não poupou críticas e também detonou a passividade de jogadores e comissão técnica que estavam próximos do ocorrido.
“A covardia do treinador não é bater em uma bandeirinha ou em um bandeirinha homem. A covardia é bater em uma mulher. E o que me deixou mais bravo: nenhum jogador que viu a cabeçada fez nada. Ninguém fez absolutamente nada, nem árbitro nem segurança. Cambada de desgraçado. Quando ele toma a cabeçada – e ele fala que não deu. Mas, vamos supor que você não tenha dado. Só a intenção, você tinha que ser preso. Quem estava lá, tinha que prender você”, detonou Neto, nitidamente revoltado.
“A Marcielly Netto, uma menina. E ninguém fez nada. Nem os reservas, nem o auxiliar. Os jogadores dos dois times olham. Vocês tinham que ter entrado… Tinham que tirar o cara e colocar na ‘jaula’. Não é agressão contra uma bandeirinha, é contra uma mulher”, continuou Neto.
“A falta de respeito de todos que estão ali: jogadores, polícia, todo mundo. Não fizeram nada. Ele foi expulso. O que é ser expulso? Nada. Tinha que ser preso. E tem que ser banido do futebol, como exemplo”, complementou o ex-jogador.
O técnico da Desportiva Ferroviária (ES) acaba de AGREDIR a auxiliar de arbitragem da partida pelas quartas de final do campeonato capixaba. Espero que o STJD e a @CBF_Futebol apliquem o banimento desse bandido, que deve responder na justiça comum. pic.twitter.com/iJ6ZpnQNPW
— Cláudio André ???? (@claudioandre_) April 10, 2022
PUNIÇÃO PREVENTIVA
Rafael Soriano foi sancionado com uma punição preventiva de 30 dias por conta da agressão na manhã desta segunda-feira (11). A decisão foi anunciada pelo presidente do TJD-ES (Tribunal de Justiça Desportiva do Espírito Santo), Eduardo Salles Ramos.
Em seu veredicto, o presidente do TJD fixou a determinação sobre o técnico: “registro que, independentemente da forma, se tentada ou consumada, a agressão deve ser exemplarmente punida, de modo a coibir que tais práticas se repitam. Muito além da punição disciplinar desportiva, o ato deve ser visto como criminoso e merece ser apurado pelas autoridades competentes”.