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Seleção Feminina mostra bom jogo coletivo e deixa ótimas impressões na sua estreia no Sul-Americano Sub-17

Luiz Ferreira
Produtor executivo da equipe de esportes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, jornalista e radialista formado pela ECO/UFRJ, operador de áudio, sonoplasta e grande amante de esportes, Rock and Roll e um belo papo de boteco.

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa as escolhas de Simone Jatobá e a atuação brasileira na vitória sem sustos sobre a Argentina

A Seleção Feminina Sub-17 mostrou um futebol bastante consistente e muita organização na estreia da equipe no Campeonato Sul-Americano da categoria. Principalmente com a dupla de ataque formada por Aline Gomes e Jhonson. As duas se revezavam no papel de “arco e flecha” do 4-2-3-1 de Simone Jatobá na vitória justa sobre a Argentina nesta quarta-feira (2), no Estádio Charrúa, em Montevidéu, e encheram o torcedor brasileiro de esperança com relação ao futuro do escrete canarinho. É verdade que a Albiceleste quase não ofereceu resistência durante os noventa (e poucos) minutos e facilitou bastante a vida do escrete canarinho ao conceder espaços generosos para Carol, Berchon, Rebeca, Dudinha e companhia. Foi sim algo que podemos chamar de “estreia de luxo”. Ainda mais quando todas as jogadoras se mostraram tão à vontade com a camisa amarelinha.

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Por outro lado, o cuidado com uma geração que tem todas as condições conquistar coisas grandes num futuro bem mais próximo do que eu e você estamos pensando precisa ser redobrado. Ainda mais diante de toda a exigência técnica e física que o futebol feminino possui atualmente. Há que se relativizar também a superioridade técnica e tática da Seleção Feminina sobre a Argentina no jogo desta quarta-feira (2). É certo que a equipe comandada por Simone Jatobá vai encontrar todo tipo de dificuldades na caminha até a Copa do Mundo Feminina Sub-17, grande objetivo da comissão técnica. E na Índia (sede do Mundial da categoria), a tendência é vermos o sarrafo bem mais alto.

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É exatamente por isso que a treinadora da Seleção Feminina cobrou concentração em quase todos os momentos da partida no Estádio Charrúa. A começar pela pressão pós-perda e no bloqueio das linhas de passe do escrete portenho. As volantes Berchon e Rebeca fechavam bem a entrada da área (sem deixar de pisar na área quando a situação do jogo permitia), Dudinha e Aline Gomes abriam o campo e atacavam o espaço às costas da última linha e Carol distribuía bem os passes no meio-campo. Mas o destaque fica mesmo para a atacante Jhonson. A camisa 9 da Seleção Feminina sabia exatamente que pedaço do campo deveria ocupar. E isso sem falar nas assistências milimétricas para as companheiras de equipe.

Simone Jatobá apostou num 4-2-3-1 bastante organizado e que marcava a Argentina com linhas altas. Tudo para bloquear as linhas de passe do seu adversário, forçar o erro na saída de bola e retomar as transições para o ataque em alta velocidade. Foto: Reprodução / SPORTV

Aliás, podemos resumir esse primeiro grande teste da equipe comandada por Simone Jatobá em duas palavras simples: organização e intensidade. A Seleção Feminina se mostrava bastante segura de si com e sem a posse da bola. Ainda que a equipe brasileira tenha demonstrado um certo nervosismo no início da partida desta quarta-feira (2), as jogadoras não abandonaram o plano de jogo da sua treinadora e o executaram com a máxima perfeição possível dentro de campo. O 4-2-3-1 de Simone Jatobá tinha as linhas bastante compactadas e concedia poucos espaços para uma Argentina que tentava conter os avanços constantes de Aline Gomes e Dudinha pelos lados do campo. Ao mesmo tempo, Jhonson se posicionava como a jogadora mais avançada da Seleção Feminina, mas sempre escondia sua intenção das zagueiras adversárias. Conforme dito anteriormente, organização e intensidade.

A Seleção Feminina mostrou muita organização na marcação e concedeu muito pouco para a Argentina durante os noventa e poucos minutos de partida. Destaque para a boa atuação do trio de meio-campistas formado por Aline Gomes, Carol e Dudinha. Foto: Reprodução / SPORTV

Aline Gomes abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo em bola roubada na intermediária que resultou numa assistência de cinema de Jhonson. A camisa 9 faria o segundo em jogada individual após belo lançamento de Kedima quase da linha da área brasileira aos 27 minutos. A intensidade colocada em cada passe em profundidade e em cada jogada de ataque fazia com que a Argentina se desorganizasse muito rápido. E isso só facilitava o trabalho da Seleção Feminina na criação das tramas ofensivas. Principalmente por conta da enorme “cratera” que existia entre a linha defensiva e o meio-campo da Albiceleste. Rebeca saltava para a pressão a todo momento e ainda arriscava algumas subidas ao ataque. Ao mesmo tempo, a maneira como Carol, Berchon e companhia tomaram conta do jogo é a prova definitiva de que Simone Jatobá tem uma equipe bem organizada sob seu comando.

A Argentina facilitou demais a vida da Seleção Feminina ao conceder espaços demais entre a sua linha defensiva e o meio-campo. As jogadoras brasileiras tomaram conta do jogo, executaram bem os movimentos do 4-2-3-1 e tiveram pouquíssimos problemas. Foto: Reprodução / SPORTV

O gol de Aline Gomes (marcado aos sete minutos do segundo tempo) e a saída de Jhonson por lesão diminuíram um pouco o ímpeto e o volume de jogo da Seleção Feminina no restante da partida. Mas é preciso deixar bem claro que o controle das ações não mudaram de mãos nem mesmo quando a Argentina tentou se arriscar mais no ataque. Certo é que o escrete comandado por Simone Jatobá deixou ótimas impressões para a sequência do Sul-Americano Sub-17. Não somente pela vitória por 3 a 0 em cima da Albiceleste, mas pela maneira como ela aconteceu. Ainda que o adversário desta quarta-feira (2) tenha exigido pouco da defesa brasileira, é possível sim colocar a atuação do escrete canarinho no seleto grupo das “estreias de luxo”. A tarefa agora é manter o nível do jogo da Seleção Feminina contra os demais adversários e garantir a equipe no quadrangular final da competição.

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Simone Jatobá mostrou um pouco das suas boas ideias e acertou em cheio quando exigiu concentração e foco das suas jogadoras na estreia no Sul-Americano. Este que escreve concorda em gênero, número e grau quando a comandante da Seleção Feminina Sub-17 afirma que este grupo é extremamente coeso, mas que ainda é preciso subir de patamar para jogar em alto nível. A primeira impressão foi excelente. Que seja assim até o final da competição no Uruguai.

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