Formato, que foi utilizado em três corridas durante 2021, deveria se expandido nesta temporada da F1, mas polêmica ameaça sua realização
Na temporada de 2022, a Fórmula 1 pretendia aumentar de três para seis o número de Grandes Prêmios que contariam com a ‘corrida sprint‘. Tal formato (uma espécie de ‘Mini GP’) é utilizado no lugar do tradicional treino de classificação, de sábado, e, portanto, define a ordem da largada na corrida de domingo.
Em 2021, a F1 teve corridas sprint nos GPs de Silverstone, Monza e Interlagos. E a dinâmica agradou, tanto o público, quanto patrocinadores da categoria. Sendo assim, neste ano, a ideia da Fórmula 1 era manter o formato no circuito do Brasil e ainda expanndí-lo para as provas no Bahrein, Ímola, Canadá, Áustria e Holanda.
No entanto, essa intenção pode estar ameaçada. Quem revela isso é o chefe de equipe da McLaren, Zak Brown. Em entrevista à BBC, o executivo afirmou que um embate de bastidores entre Mercedes, Red Bull, Ferrari e a F1 ameaça a continuidade das corridas sprint. “A F1 talvez não encontre uma saída. Seria uma pena”, afirma Brown.
Polêmica na F1
A grande questão em torno destas ‘mini corridas’ se refere ao dinheiro. Tais eventos representam custos adicionais às equipes, o que foi arcado, em parte, pela Fórmula 1 em 2021. Além disso, a categoria ainda permitiu que as escuderias ‘furassem’ o teto de gastos previsto para a temporada, de maneira excepcional.
Neste ano, contudo, isso não vai acontecer. Além disso, o teto total também foi reduzido, de 145 para 140 milhões de dólares. Isso teria deixado as três principais equipes da F1 descontentes, na visão de Zak Brown:
“Algumas equipes ainda buscam por desculpas para aumentar os gastos e ganhar o campeonato passando cheques. O lobby que certas escuderias estão fazendo para aumentar o limite de despesas para danos em corridas sprint é um exemplo”, disparou o chefe da McLaren.
E ele ainda completou: “Esses times continuam demandando aumentar o limite de gastos para uma quantidade desordenada de dinheiro, embora haja clara evidência de que houve poucos danos aos carros nessas corridas no ano passado”. Zak Brown se refere, principalmente, à Mercedes, Red Bull e Ferrari.
As corridas sprint ainda não foram confirmadas pela Fórmula 1. Ou seja, as equipes podem acabar fazendo pressão para que um aumento no teto de gastos seja aprovado. Caso contrário, tais escuderias poderiam alegar que o formato de Mini GPs é inviável para esta temporada. Enfim, este imbróglio nos bastidores ainda pode dar (muito) o que falar.
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