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Rivais de divisão já se enfrentaram duas vezes na temporada da NFL, com uma vitória para cada lado
Buffalo Bills e New England Patriots travaram duelos com muitas histórias ao longo da temporada. No primeiro embate, Bill Belichick montou um plano de jogo inacreditável: Mac Jones lançou a bola apenas três vezes e acumulou 19 jardas aéreas; a implacável defesa se uniu ao jogo terrestre devastador e o duelo terminou 14 a 10. No segundo, em 26 de dezembro, Josh Allen teve uma ótima partida com três touchdowns e conduziu uma vitória importante por 33 a 21.
Dois jogos, duas histórias completamente diferentes. Isso mostra as alternâncias táticas e de plano de jogos que as duas equipes podem apresentar. Um dia de trincheiras, outro de tiroteio aéreo. Cada um teve sucesso de sua maneira diferente. Portanto, em um confronto de playoffs, muitas alternativas estão à mesa. Tudo pode acontecer, ainda mais se trantando do genial Belichick, especialista em vencer, e do ótimo Sean McDermott.
De favorito a incerto: o que pode levar os Bills ao Super Bowl?
Os Bills começaram a temporada como o grande favorito a desbancar o Kansas City Chiefs na AFC. No entanto, o time caiu de produção, oscilou e teve derrotas estranhas – especialmente contra o Jacksonville Jaguars e a goleada sofrida para o Indianapolis Colts. Porém, a equipe vem de uma sequência eletrizante de quatro vitórias seguidas em um momento crucial da temporada e chega com força nos playoffs.
As virtudes de Buffalo são imensas e o time tem “cara de playoffs” em alguns aspectos. A defesa é eficiente contra o passe e é capaz de forçar turnovers. Ainda falta um poder de fogo maior no pass rush, mas a secundária é agressiva e gera problemas aos adversários. No geral, o sistema defensivo é extremamente competente e conta com nomes de peso como Tremaine Edmunds e Micah Hyde.
No outro lado da bola o grande mérito é ter um quarterback como Josh Allen, com um braço forte e capacidade de agredir com as pernas. O jogo terrestre ainda é um problema, o que pode atrapalhar a vida dos Bills na pós-temporada. Mas é possível ofuscar esse lado negativo de outras formas e não deixar a escassez terrestre ser tão evidente.
Os problemas do ainda limitado time dos Patriots
Nunca é uma boa ideia duvidar de Bill Belichick e os Patriots. O time corre muito bem com a bola, tem uma defesa agressiva que força turnovers e tem um espírito que o faz ser competitivo contra qualquer adversário da NFL. Mas é preciso ressaltar que New England ainda não tem um grupo super talentoso. Apesar de ter armas para ir longe nos playoffs, falta mais poder de fogo.
O principal objetivo da equipe é conseguir ter o controle das ações com o jogo terrestre funcionando e a defesa forçando turnovers. O coordenador ofensivo Josh Daniels aposta em screen e passes curtos na fase aérea, fórmula que funcionou contra os próprios Bills. Porém, se for preciso correr contra uma desvantagem, dificilmente os Patriots terão repertório para conseguir reverter.
Em algum momento da temporada a franquia esteve brigando pela seed #1 da AFC, mas derrotas para Indianapolis Colts e Buffalo Bills expôs o que sempre foi óbvio: falta talento em alguns setores importantes. Belichick – possivelmente o treinador do ano – fez esse elenco crescer de produção, mas está claro alguns buracos.
A defesa tem problemas contra o jogo terrestre. Nos últimos quatro jogos apenas o Jacksonville Jaguars correu para menos de 100 jardas contra a equipe. Contra os Colts, por exemplo, foram 226 jardas cedidas pelo chão. O corpo de recebedores também não empolga e os Pats têm dificuldades de conquistar jardas após a recepção, o que vem sendo mais um problema no ataque guiado pelo calouro Mac Jones.
O clássico deve render uma nova terceira história, como se fosse o terceiro filme de uma franquia de sucesso nos cinemas. O duelo tático será como um tabuleiro de xadrez com ambos os lados tendo armas para avançar.
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