O próximo campeonato da Fórmula 1 promete ter disputas mais acirradas e muitas… MUITAS ultrapassagens durante as corridas
Terminada a temporada de 2021, que contou com uma disputa histórica entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, já é hora de mirar no que vem pela frente na Fórmula 1. A categoria, aliás, revelou a algum tempo o desenho inicial dos novos carros, em 2o22 — e que terão mudanças significativas. Dessa forma, o intuito será priorizar as batalhas acirradas na pista, com mais ultrapassagens, ao mesmo tempo em que seja possível economizar recursos.
Contudo, ainda é necessário aguardar pelos testes da pré-temporada para termos, de fato, uma noção destes novos carros da F1. As primeiras ‘aparições’ estão marcadas para 23 de fevereiro, na Catalunha. Cerca de um mês depois, será dada a largada na temporada, no GP do Bahrein. Enfim, enquanto isso, vale anteciparmos alguns dos principais aspectos que tornam a próxima temporada, particularmente, revolucionária.
Mudanças aerodinâmicas e carro mais ‘simples’
A principal mudança, talvez, passe pelo novo conceito aerodinâmico dos carros. Eles terão linhas mais arredondadas, bico mais longo e protetores nas rodas dianteiras. Em suma, um visual mais agressivo e que busca priorizar as ultrapassagens. Isso porque tal desenho contribui para a redução da turbulência gerada por um carro para o outro que vem logo atrás. Sendo assim, com menos turbulência (e mais aderência aerodinâmica), espera-se que os competidores consigam ser mais velozes em momentos de disputa por posição. É o chamado efeito-solo.
Isso, claro, somado ao já tradicional DRS, mecanismo que permite a abertura da asa traseira, facilitando manobras mais arrojadas dos pilotos. Apesar disso, os carros também estão ‘mais simples’. A F1 pretende observar alterações nas suspensões e amortecimentos, além de menos elementos nas asas dianteiras e traseiras. Dessa forma, há um ganho em estabilidade e aderência na pista. Tal simplicidade, então, tornará mais fácil a pilotagem.
Pneus maiores
Na esteira das mudanças aerodinâmicas, outra alteração tem por intuito priorizar as ultrapassagens na pista. Trata-se da substituição dos pneus de 13 polegadas pelos de 18 polegadas. A fabricante segue sendo a Pirelli, mas tal aumento notável nos componentes busca a redução no aquecimento. Ao mesmo tempo, se pretende permitir maiores permanências nas pistas sem necessidade de troca.
A ideia, portanto, é que os pilotos possam tirar o máximo de seus pneus em momentos decisivos das corridas com o mínimo do prejuízo. Trata-se também de uma tentativa da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em economizar recursos. Com pneus mais duradouros (e até mesmo proteção nas rodas), é esperado que haja menos furos e, por consequência, menos gastos para as equipes da Fórmula 1.
Novo combustível ‘sustentável’
A F1 também anunciou uma nova composição para o combustível utilizado nos carros, e que é considerado mais respeitoso ao meio ambiente. É o chamado E10, um composto que possui 10% de etanol — contra 5,7% do combustível utilizado na temporada de 2021. Além disso, a FIA também vai exigir que estes compostos respeitem práticas sustentáveis de fabricação, principalmente no que diz respeito à emissão de carbono.
O carro 2022 da Fórmula 1 revelado oficialmente 👀 pic.twitter.com/JpoMIqfU13
— Karoline Tavares (@karolinxtavares) July 15, 2021
O que não muda (por ora) na F1?
Embora a categoria tenha planos para tornar as corridas cada vez mais sustentáveis, algumas mudanças ainda prometem demorar um pouco para serem implementadas. É o caso das modificações nas unidades de potência. Isso não acontecerá, ao menos, até 2026, de acordo com a FIA. O intuito é focar na energia elétrica.
Enfim, simplificando, os motores híbridos dos carros permanecerão os mesmos de 2021 para a próxima temporada. O que muda, contudo, é a possibilidade de novas fornecedoras entrarem no grid, como por exemplo Audi e Porsche. A Fórmula 1 certamente busca expandir a quantidade dessas marcas e, para isso, tenta atraí-las com redução nos custos de manutenção dos carros.
Além dos motores, que seguem os mesmos, o foco da F1 na segurança deve continuar sendo um mote em 2022. O halo, sistema de proteção que fica acima da cabeça dos pilotos seguirá sendo utilizado. Há uma diferença, porém, no peso dos chassis. Eles estão mais robustos, com capacidade de absorver 48% mais impacto em uma colisão frontal, por exemplo. No fim, os pneus maiores e o bico mais longo também são mecanismos pensados sob este aspecto da segurança. Tudo isso para evitar maiores tragédias durante as corridas de Fórmula 1.
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