O público foi importante para a arrecadação do Cruzeiro
Desde a queda do Cruzeiro para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2019, a situação financeira do clube entrou em franca decadência. No entanto, graças ao retorno do público aos estádios, houve um aumento na renda e o déficit diminuiu consideravelmente.
O Cruzeiro fechou o primeiro semestre de 2021 com déficit de R$ 68,4 milhões. Segundo João Vitor Xavier, da Rádio Itatiaia, eram R$ 9 milhões em salários que estão atrasados, para jogadores, comissão técnica, além dos funcionários do clube. A dívida foi quitada por meio de empresários.
Na apresentação feita pelo presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, o Cruzeiro arrecadou R$69 milhões nos primeiros seis meses de 2021, enquanto a despesa ficou na casa dos R$65 milhões. No total, houve um superávit de R$3,7 milhões. Muito deste aumento de receita veio da venda de jogadores, como Jadsom e Cacá.
Levando em conta o balanço apresentado pelo Cruzeiro, é possível estimar que no fim da temporada o clube terá um déficit superior a R$ 100 milhões. Portanto, seja através da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), parcerias ou até mesmo mecenato, o clube precisa de novas receitas a curto prazo.
Essa “injeção” nas receitas seria importante para o Cruzeiro tentar equilibrar as contas ao longo da temporada.
Torcida foi essencial no segundo semestre
Na reta final do Brasileiro da Série B, os estádios voltaram a ter 100% de público liberado. A torcida cruzeirense fez a sua parte e lotou as nove partidas disputadas em casa: três no Mineirão, duas na Arena do Jacaré e outras quatro no Independência.
Um exemplo cristalino disso foi a partida da última rodada do campeonato. 60.700 espectadores foram ao Mineirão presenciar no empate em 0 a 0 contra o Náutico. O jogo se notabilizou por registrar o maior público da Série B e o segundo maior do Brasil no ano.
O clube faturou mais de R$ 1,3 milhão com a bilheteria deste jogo.