Alex Alves marcou sua carreira no futebol com a camisa do Cruzeiro
Junto com nomes como Marcelo Ramos, Oséas e Edílson, Alex Alves fez parte de uma grande safra de atacantes baianos dos anos 90 do futebol brasileiro e o Torcedores vai relembrar como foi a carreira desse craque que nos deixou cedo demais.
Nascido no município de Campo Formoso na Bahia, Alexandro Alves do Nascimento deu os seus primeiros passos no futebol com a camisa do Vitória aos 13 anos, clube onde se profissionalizou e explodiu após ser campeão baiano com 18 anos.
Depois de mais um estadual de sucesso em que marcou 20 gols, Alex Alves foi comprado pelo Palmeiras e não foi muito aproveitado, mas acabou fazendo parte da equipe campeã brasileira, em 94, e paulista, em 96. Depois de passagens por Juventude e Portuguesa, o atacante chegava ao clube onde jogaria o fino, o Cruzeiro.
Cruzeiro: O clube onde Alex Alves viveu a melhor fase da carreira
Aos 24 anos, Alex Alves chegou ao Cruzeiro como uma interrogação, pois já não era mais nenhum menino e muitos queriam saber se aquela potência que prometeu no Vitória iria se concretizar. E ele, com certeza, calou a boca dos críticos.
Depois de uma fase inicial como reserva, o baiano se tornou um dos pilares do Cruzeiro, que conquistou a Recopa Sul-Americana, Campeonato Mineiro e Copa dos Campeões Mineiros. Ao todo, foram 42 jogos com a camisa da Raposa e 28 gols anotados, com uma comemoração com ginga e golpes de capoeira que virou sua marca registrada.
Com toda essa boa fase, o Hertha Berlim não titubeou em pagar 7.6 milhões de euros ao Cruzeiro para contar com os serviços do artilheiro e levá-lo para a Alemanha, onde não foi nem sombra do que jogou aqui devido a vários problemas extracampo.
Pós auge e morte prematura
Quando retornou ao Brasil, Alex Alves ainda atuou no rival Atlético Mineiro, Vasco da Gama, Boavista e teve uma segunda aventura na Europa com a camisa do Kavala da Grécia e encerrou sua carreira no União Rondonópolis, em 2010.
Alex Alves descobriu que tinha Leucemia em 2007, mas só se internou para tratar a doença em 2012, chegando a fazer um transplante de medula, mas não apresentou evolução após o procedimento e veio a falecer em 14 de novembro de 2012, aos 37 anos.
A causa da morte foi “doença do enxerto contra o hospedeiro aguda”, que é uma forma de agressão da medula do doador contra o órgão do receptor. Essa agressão atingiu pele, fígado e intestino.
“Ele brigou heroicamente, foi colaborativo em todos os aspectos, mas teve muitas dificuldades. O transplante foi um sucesso, a medula se recuperou, mas essa mesma medula causou a rejeição ao corpo dele.” – afirmou na época Mair Pedro de Souza, hematologista do hospital Amaral Carvalho onde o atleta faleceu.