Home Futebol Empresário diz que negociação que levou Maradona ao Barcelona teve arma na mesa: “Foi longa e complicada”

Empresário diz que negociação que levou Maradona ao Barcelona teve arma na mesa: “Foi longa e complicada”

Paulo Foles
Paulo Foles atua como redator do Torcedores.com desde 2018. Neste período, cobriu grandes eventos esportivos, incluindo a Copa do Mundo e Olimpíadas. Com passagem em "Futebol na Veia", "Esporte News Mundo", "The Playoffs" e outros, tem como foco o futebol brasileiro e internacional, além de experiências com NBA e NFL.

Maradona foi contratado pelo Barcelona em 1982 após a Copa do Mundo

Josep María Minguella, grande responsável por levar Diego Armando Maradona ao Barcelona nos anos 80, revelou à “Revista Líbero” que havia uma arma na mesa nas negociações pelo craque argentino. Na ocasião, o eterno camisa 10 atuava pelo Argentino Juniors, onde atraiu o interesse de outros clubes.

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No contexto histórico da época, o ditador Jorge Rafael Videla, que estava no controle do país, não queria deixar o jogador sair da Argentina por considerá-lo um “patrimônio nacional”. Segundo o ex-empresário, o Barcelona se revolveu com o Argentino Juniors, porém teve as negociações dificultadas pelo governo local, que insistia em manter Maradona. Somente em 1982, após a Copa do Mundo, o clube espanhol retomou a transação, que foi o momento do episódio da arma na mesa.

A explicação de Josep María Minguella, ex-empresário

“Sua contratação foi longa e complicada. Os militares de Videla estavam no governo, e de alguma forma precisavam de uma figura como a de Diego Maradona. Fechamos um acordo em 1980 com o Argentinos Juniors, mas o governo emitiu uma nota dizendo que Maradona era um bem nacional e que não poderia ir, que não iria até o término da Copa do Mundo de 82, apesar dos dirigentes do Barça já terem ido à Buenos Aires e da transferência ter sido assinada”, detalhou, dizendo como a transferência foi barrada inicialmente. Ele completou:

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“No começo de 1982, tive que voltar, porque este primeiro contrato já não servia. Próspero Consoli já não estava mais no cargo (de presidente do Argentinos Juniors), e o novo presidente era policial. Quando cheguei para conversar com ele, com o tesoureiro do Barça, entramos em um restaurante, e ele sacou uma pistola e deixou em cima da mesa. ‘Não tem nada a ver com vocês’, ele disse. ‘É que era muito pesado carrega-lo’. Nós rimos, mas nos impressionamos. Não estávamos acostumados a negociar com uma arma sobre a mesa”, disse Minguella sobre o curioso episódio.

No entanto, Maradona não teve uma passagem brilhante no Barcelona e ficou pouco tempo no clube (1982 até 1984). Na Europa, ele se tornou ídolo no Napoli, onde conquistou dois Campeonatos Italianos e outras taças em uma época que a Itália tinha os melhores times do mundo.

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