Os rumores sobre a possível saída de Diego Aguirre para assumir o comando da seleção uruguaia agitaram os bastidores do Inter durante o fim de semana
O diretor executivo de futebol do Internacional, Paulo Bracks, falou sobre os rumores envolvendo a possível ida do técnico Diego Aguirre para a seleção do Uruguai. Em entrevista ao podcast ‘Rolou o Melão’, o dirigente Colorado admitiu que ainda existe a possibilidade do clube perder o treinador para a Celeste, que atualmente é comandada por Óscar Tabárez.
Bracks contou que a delegação do Internacional estava em São Paulo, na preparação para o confronto contra o Palmeiras, quando chegou a informação da possível saída de Aguirre. O dirigente admitiu que esse tipo de notícias, ainda que falsas, ‘sacodem’ o ambiente do elenco.
“É quase impossível controlar como a informação chega para os jogadores, para as pessoas que trabalham. A gente estava em São Paulo para o jogo contra o Palmeiras. Hoje em dia o celular te dá a informação em tempo real. E há uma coisa muito perigosa que é a interpretação das informações, e como isso não tem freio”, disse Bracks.
“A gente desembarca em São Paulo com essa notícia nos nossos celulares e, à noite, leio que o Aguirre tinha entregado uma carta de demissão para a direção. São informações muito falsas que sacodem um ambiente. Os atletas obviamente ficaram sabendo, o próprio treinador ficou com telefone bastante ativo nesse dia. A forma de lidar com isso é ter a proximidade das pessoas. Conversei com o próprio treinador mais de uma vez. ‘Chegou alguma coisa? Alguém te ligou? Não’. Liguei para o intermediário dele. ‘Chegou alguma coisa? Se chegar, me avisa. O que você está sabendo de lá?’. Você deixa a rédea mais curta, fica mais ativo, mais ligado. E tentamos blindar os jogadores dessa iminente saída que acabou não acontecendo”, acrescentou.
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Paulo Bracks fez questão de reforçar não teve nada concreto com relação ao treinador, mas que é difícil esconder esses rumores do elenco, e que a melhor maneira de resolver o ‘problema’ é tratá-lo com conversas.
“Não houve nenhum tipo de movimento concreto. Mas é muito difícil esconder. Você tem que tratar. E às vezes a melhor maneira de fazer isso é conversando. Conseguimos administrar e na partida não teve interferência da informação”, afirmou o dirigente.
Em meio as rumores da possível saída de Aguirre, os dirigentes do Uruguai bancaram a permanência de Tabárez no cargo após as derrotas por 3 a 1 para Argentina e 4 a 1 para o Brasil, mas ainda é grande a possibilidade de queda do treinador de 76 anos, que está no cargo desde 2006. E Paulo Bracks reconhece que o técnico Colorado ainda pode deixar o comando do clube.
“Sabemos dessa possibilidade. E tratamos da forma mais transparente e direta com o próprio Aguirre, com quem tenho uma relação muito próxima. Obviamente que se vier um convite da seleção do país dele…seduz. Não posso esconder que isso pode seduzi-lo a aceitar um convite, se eventualmente vier. Não é a primeira vez. Ele já me disse que é a terceira ou quarta vez que sondam o nome dele. Parece que dessa vez é um pouco mais forte. Ele está ciente e nós estamos também”.
“Acredito que se esse convite vier a gente vai ter que sentar e conversar. Também não posso esconder que, dentro do meu planejamento, de convite ou não para o Diego, obviamente tenho um plano B, plano C, D. Eu preciso ter isso para treinador e para jogador. Não posso confiar em absoluto no cumprimento dos contratos e ser surpreendido. Todo contrato tem cláusula de saída. Não posso fechar os olhos à possibilidade que é real e factual. As notícias correm de forma muito concreta de que o nome dele é firme para assumir a seleção caso haja a descontinuidade do atual treinador. O que é um motivo de orgulho para ele, para nós e para o clube”, completou.