Home Futebol D’Ale! Em busca do bi da Libertadores, River tem brasileiro e altitude como problemas na 1ª fase

D’Ale! Em busca do bi da Libertadores, River tem brasileiro e altitude como problemas na 1ª fase

O River Plate encerrou seca de 19 anos em 2015. Ao bater o Tigres e conquistar o tri da Copa Libertadores, o time argentino conseguiu a proeza de ser o dono da Copa Sul-Americana e do principal torneio da América do Sul ao mesmo tempo; conseguiu diminuir a dominância do Boca Juniors no histórico recente da competição, e ainda eliminando o rival no mata-mata; mas também chamou atenção para seu elenco – e é mudado que o River chega em busca do bi consecutivo.

Felipe Noronha
Jornalista esportivo.
Divulgação/River Plate

Divulgação/River Plate

O River Plate encerrou seca de 19 anos em 2015. Ao bater o Tigres e conquistar o tri da Copa Libertadores, o time argentino conseguiu a proeza de ser o dono da Copa Sul-Americana e do principal torneio da América do Sul ao mesmo tempo; conseguiu diminuir a dominância do Boca Juniors no histórico recente da competição, e ainda eliminando o rival no mata-mata; mas também chamou atenção para seu elenco – e é mudado que o River chega em busca do bi consecutivo.

Leia também: Sabe qual o brasileiro com melhor aproveitamento na Libertadores? Dica: bateu o Boca

A principal mudança do River é no meio de campo – e logo no setor em que o time foi mais forte durante a conquista da Libertadores de 2015. Não é coincidência, claro, apenas mais um time sul-americano que sofre com a perda de seus melhores jogadores para locais que pagam melhor. E, assim como no Brasil, a solução encontrada foi apostar em velho ídolo.

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Saiu Carlos Sánchez, que foi se tornar milionário no México. Sánchez foi o melhor jogador da última Libertadores e líder do River nas conquistas recentes. Era ele quem controlava o ritmo de jogo e aparecia como surpresa na área quando muitos o viam apenas como jogadores defensivo – algo que muitos brasileiros tentam fazer com seus volantes hoje.

Divulgação/River Plate

Divulgação/River Plate

Se o motor do time saiu, a aposta é em jogo mais cadenciado: assim, chegou D’Alessandro, revelado pelo River e que deixa o Internacional para tentar aumentar usa história na Argentina. Após o último jogo pelo argentino, inclusive (derrota para o Belgrano por 3 a 2), Marcelo Gallardo, o técnico, afirmou que gostou muito de D’Ale jogando pelo centro do campo e que quer vê-lo jogando como “enganche”, o principal articulador de jogadas, e não pelas laterais.

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“Teremos um River com mais posse de bola e que joga com mais verticalidade da intermediária defensiva para a frente”, diz Galhardo.

Resumindo: em campo, é D’Ale o maestro do River rumo ao bi. Dará certo?

1ª fase – Brasileiro e altitude

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O Barcelona ficou para trás: foram seis meses pensando em como encarar o time espanhol no Mundial e, claro, não deu certo. Agora, é saber como encarar: 1) um São Paulo em reconstrução e com começo de ano fraco; 2) a altitude boliviana.

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O primeiro duelo é contra o Trujillanos, da Venezuela – e, espera-se, o rival que será batido por todos na chave. Depois, o River recebe o São Paulo. O jogo só ocorre no dia 10 de março e, até lá, existe a chance do São Paulo ter se acertado.

Assim como o River, o São Paulo joga com um meia central que comanda o ataque: Ganso. Assim como D’Ale, Ganso é lento. Como o resto do meio do River também tem jogadores experientes, como Lucho González e Ponzio, talvez o encaixe seja bom para o time argentino – não precisará correr tanto para conter o principal meia rival.

Mas ambos são os favoritos da chave. A terceira força e com chances reais de surpreender é o The Strongest – cuja principal força ainda é a altitude, mas que vem melhorando há alguns anos. La Paz fica a 3660 metros de altitude e o desgaste da viagem é grande. Com jogadores experientes – também conhecido como “velhos” – a chance de cansaço é ainda maior para o River. Há que se fazer a diferença jogando no Monumental.

504-gallardoQuebra de tabu e pressão

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Por fim, um dos problemas do River é a pressão: como manter a motivação de um time que ganhou Argentino, Copa Sul-Americana e Libertadores em tão pouco tempo?

A resposta pode estar em um tabu: o último bicampeão consecutivo da Copa foi… O Boca Juniors, maior rival. Em 2000 e 20001 o time de Carlos Bianchi conquistou a  América de forma consecutiva. E Gallardo sabe disso. Tanto que já assumiu: ele em obrigação de ganhar algo esse ano.

Em entrevista ao Olé, Gallardo disse que é “conta pendente” conquistar um título na temporada. “Não sei se será o Argentino, a Copa… É difícil repetir o que conseguimos recentemente. Será duro. O desafio é formar um bom time para ganhar. O Argentino é uma possibilidade boa, mas a Copa nos seduz muito”, afirmou.

Ou seja, o objetivo é o bi. Gallardo não esconde: “No campeonato nacional se forma o time para jogar a Copa.”.

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Foto: Divulgação/River Plate

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