São Paulo perdeu do Novorizontino pelo Paulistão em jogo marcado por erro da árbitra Edina Alves e também do VAR
O São Paulo foi campeão do Campeonato Paulista de 2021 em uma campanha que teve apenas uma derrota. Esse revés aconteceu na quarta rodada da competição, no mês de março, quando caiu por 2 a 1 diante do Novorizontino, fora de casa.
E o jogo em questão foi cercado de polêmicas. Já nos minutos finais, o atacante Luciano foi derrubado pelo goleiro Giovanni dentro da área e a árbitra Edina Alves não marcou a penalidade, deixando os jogadores são-paulinos revoltados, pois seria a chance do empate.
Depois do duelo, a própria FPF (Federação Paulista de Futebol) emitiu uma nota oficial admitindo que a arbitragem errou ao não marcar pênalti para o São Paulo.
“Após análise do lance ocorrido na partida Novorizontino e São Paulo, neste sábado (13), a Comissão de Arbitragem identificou falhas de interpretação da arbitragem em campo e de procedimento do VAR. O equívoco no lance é claro e óbvio. As imagens deveriam ter sido revisadas imediatamente por meio da área de revisão em campo para correção da decisão”, escreveu a entidade.
Reveja o lance:
Em 13 de março, o São Paulo perdia fora de casa para o Novorizontino, até que Giovanni derrubou Luciano dentro da área nos acréscimos do segundo tempo, em pênalti claro que acabou não sendo marcado por Edina. pic.twitter.com/I8Lv6n7yzo
— Caio Felix (@OCaioFelix) September 27, 2021
Seis meses depois desse episódio, a árbitra Edina Alves resolveu falar sobre o lance. Em entrevista ao UOL, ela admitiu o erro e falou que sofreu demais por muito tempo.
“Eu não vi. Falei para o VAR que estava em dúvida porque não tinha conseguido enxergar. Ele me disse que não havia sido pênalti, e eu segui”, disse Edina.
Após a partida, ao chegar no vestiário, a árbitra viu o lance em um vídeo de celular e constatou que havia errado. “Ali, desabei. Falei para meus colegas: ‘Eu errei, foi pênalti’. Eles tentaram me consolar dizendo que o VAR havia me dito que não. Mas eu estava vendo no vídeo, foi pênalti, sim. E eu não dei”, contou.
Adriano de Assis Miranda era o juiz responsável pelo VAR e manteve a decisão de campo, não chamando Edina para revisar o lance.
“Esse lance me machucou. Fiquei deprimida, em uma fossa absurda por meses. Precisei de terapia para me recompor daquele dia, e essa é a primeira vez que falo sobre isso abertamente. Foi um erro inadmissível, eu me posicionei mal e não consegui ver. Não gosto de errar, ainda mais desse jeito”, continuou Edina Alves.
“Assim que encontrei os jogadores do São Paulo, depois do jogo, pedi desculpa. Mas foi bastante difícil lidar com isso”, desabafou a juíza.
Edina Alves disse ainda que os árbitros são penalizados quando erram, ficando sem apitar jogos por um determinado período. Lembrando que os juízes não têm salário fixo, já que ganham a cada partida que trabalham.
“Ressaltar isso é importante, porque os torcedores acham que a gente erra de propósito, para favorecer um time. Isso não existe. Errar deixa a gente sem trabalho, sem receber. A gente paga pelo erro, que é extremamente doloroso, não só pela punição, mas pela nossa própria cobrança”, finalizou.
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