Brasileira conseguiu a vitória logo na primeira tentativa e depois bateu duas vezes o próprio recorde mundial
A brasileira Elizabeth Gomes conquistou a medalha de ouro no lançamento do disco, classe F53 (atletas com deficiência nos membros inferiores). Foi a 12ª medalha de ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 e a de número 99 na história da competição, que o país disputada desde 1972.
QUADRO DE MEDALHAS: Veja a classificação do Brasil
Com o resultado, o país fica muito perto de uma das metas estabelecidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para Tóquio: chegar a 100 medalhas de ouro. Por enquanto, o Brasil está em sexto no quadro de medalhas. São 12 de ouro, 8 de prata e 15 de bronze, 35 no total até agora.
Um passeio
Na classe F53, como os atletas são cadeirantes, os atletas fazem todos os lançamentos de uma vez. Atual campeã mundial, Elizabeth foi a última a ir para o posto e, logo em sua primeira tentativa, já garantiu o ouro: 15,68m. Depois, foi buscar recordes.
No segundo, marcou 16,35m. Ainda era pouco perto do seu recorde, 16,89m, marca estabelecida no Mundial de Dubai, em 2019. Depois de queimar as duas tentativas seguintes, conseguiu enfim 17,33m. Insatisfeita, tentou uma última vez e conseguiu 17,62.
As ucranianas Iana Lebiedieva, com 15,48m, e Zoia Ovshi, com 14,37m, completaram o pódio da prova.
Multiesportiva
Esta é a segunda Paralimpíada de Beth, como ela é conhecida, mas a primeira no atletismo. Em Pequim-2008, ela participou da equipe que ficou em décimo no basquete em cadeiras de rodas. Iniciou-se depois no atletismo, mas não competiu no Rio-2016 por causa da classificação funcional.
A paulista de Santos Elizabeth Gomes jogava vôlei quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Hoje, aos 56 anos, consegue sua maior glória olímpica. “Um sonho realizado”, disse.
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