A seleção brasileira é a única campeã olímpica da modalidade, com quatro ouros. O Brasil tentará o quinto pódio em Tóquio 2020
O Brasil é o país do futebol em todos os quesitos. No futebol de 5, para cegos, não seria diferente. Nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, a seleção brasileira chega como favorita ao quinto ouro. O país é o único campeão da modalidade em Jogos Paralímpicos, com quatro conquistas. Mas você sabe como funciona um campeonato da categoria?
O futebol de 5 é uma modalidade exclusiva para cegos ou deficientes visuais. As partidas são disputadas em uma quadra de futsal adaptada. Porém, nas Paralimpíadas, os jogos têm acontecido em campos de grama sintética.
O goleiro é o único jogador com visão total. A exigência é que ele nunca tenha participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.
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Bolas têm guizo
Cada equipe é formada por cinco jogadores: um goleiro e quatro na linha. Um diferencial do futebol de 5 é que as partidas são silenciosas e em locais sem eco. O jogo tem dois tempos de 25 minutos e intervalo de 10.
O jogo é dividido em dois tempos de 25 minutos, com dez minutos de intervalo. Há um guizo no interior da bola para emitir sons. Os atletas possuem três guias para orientá-los (o goleiro, o chamador e o técnico).
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A torcida só pode se manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e, se tocá-la, cometerão uma falta. Com cinco infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador.
Atrás do gol adversário, há um guia (chamador) para orientar os atletas do seu time. Ele diz onde os jogadores devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O técnico e o goleiro também auxiliam em quadra.
Brasil reina absoluto
O futebol de 5 estreou nos Jogos Paralímpicos em Atenas 2004. Na edição, o Brasil foi o primeiro campeão, ao superar, nos pênaltis, os a Argentina por 3 a 2.
Em Pequim 2008, o Brasil foi bicampeão na modalidade. O mesmo aconteceu em Londres 2012 e na Rio 2016, quando sagrou-se tetracampeão. Além dos títulos, a equipe verde e amarela foi a primeira a marcar um gol em Jogos Paralímpicos. O autor do feito foi o atleta Nilson Silva, falecido em 2012.
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