Torneio será disputado no Irã a partir do próximo dia 24
A seleção masculina de vôlei foi muito criticada pelo quarto lugar nas Olimpíadas de Tóquio. Um dos debates foi sobre a necessidade de renovação, já que alguns atletas experientes podem não chegar aos Jogos de Paris-2024, como o levantador Bruninho, já com 35 anos.
Um dos passos do processo de renovação será colocado à prova no fim deste mês. O Brasil inicia em 24 de agosto a disputa do Mundial Sub-19 masculino, no Irã. O técnico Fabiano Ribeiro, o Magoo, comanda os últimos treinos antes do embarque, que será na próxima segunda-feira.
Antes de chegar ao Irã, o grupo faz aclimatação na Bulgária por alguns dias. Fará três amistosos contra a seleção local antes de seguir para o Oriente Médio. “Será uma boa experiência. Em razão da pandemia a gente não conseguiu ainda fazer jogo oficial, então poder fazer esses amistosos será de grande valia para avaliarmos o time”, afirmou o treinador.
Expectativas baixas
Mas o técnico não quer prometer resultados, especialmente porque a preparação foi prejudicada pela pandemia. O Sul-Americano da categoria, que seria no ano passado, foi cancelado. E apenas em maio deste ano o trabalho começou para valer, com treinos no centro da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) em Saquarema (RJ) e no Instituto Nacional de Tecnologia (INATEL), em Santa Rita do Sapucaí (MG).
“Temos um time formado por jovens atletas que, inclusive nos clubes, não tiveram muitas oportunidades de jogar durante o último ano. Temos que trabalhar com essa realidade. Eles estão muito dedicados, então estamos ansiosos para ver como vão se comportar”, concluiu o técnico.
Histórico recente é ruim
O Brasil é o maior vencedor do Mundial Sub-19 masculino, com seis títulos, mas não vence o torneio desde 2003. De lá para cá, acumulou resultados ruins. Nas últimas duas edições, em 2017 e 2019, terminou apenas em nono lugar.
Nesta edição, a seleção está no Grupo B, que tem ainda Itália, República Tcheca, Belarus e Colômbia. Os quatro primeiros avançam para as oitavas de final.
LEIA MAIS:
Paralimpíadas: Calor em Tóquio descola chuteira de jogador do Brasil
Vice-campeão olímpico, Marcelinho vai atuar na gestão da Superliga
Relembre todas as medalhas do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio