Larry Nassar, o ex-médico da equipe dos EUA, cometeu abuso sexual com Simone Biles e foi condenado em 175 anos de prisão
Uma das principais estrelas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Simone Biles brilhou de outras maneiras. Ela expôs seus problemas psicológicos e decidiu desistir de participar de grande parte das competições da ginástica para cuidar de sua saúde mental. Em entrevista ao Today Show, ela revelou que o caso de abuso sexual sofrido anos atrás atrapalhou seu desempenho nas Olimpíadas 2020.
“Agora que penso nisso, talvez na minha cabeça, provavelmente sim, porque existem gatilhos que nem conhecemos, e eu acho que posso tê-los”, disse a ginasta estadunidense.
Em 2018, Larry Nassar, o ex-médico da equipe dos Estados Unidos, cometeu abuso sexual com Simone Biles. Ele foi condenado a 175 anos de prisão depois de receber quase 300 denúncias de vítimas. Outras atletas da ginástica sofreram nas mãos do criminoso durante alguns anos.
“Sabia que ainda sendo a cara da ginástica dos Estados Unidos, e de tudo que trouxemos, isso não vai ser jogado para fora do tapete. Essa é uma conversa muito longa. Ainda temos que proteger os atletas e descobrir por que isso aconteceu, quando e quem sabia”, refletiu Simone Biles.
Mesmo abrindo mão de competir em diversas categorias, ela saiu de Tóquio com duas medalhas: uma de prata, na competição por equipes, e outra de bronze, na trave, aparelho que ela decidiu participar de última hora após se retirar para cuidar da saúde mental. A ginasta declarou sua alegria pelas conquistas:
“[O bronze] significa mais que os todos os ouros porque eu passei por muita coisa nos últimos cinco anos e a última semana aqui foi muito difícil. Estou orgulhosa de mim mesma e também de todas essas garotas”, ressaltou Biles.
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