Volante foi o escolhido de Tite para formar o meio junto de Casemiro em sete dos últimos oito jogos da seleção brasileira
Entre o destaque absoluto de Neymar, o domínio de Casemiro, o ressurgimento de Lucas Paquetá e as boas atuações dos “Evertons” — Ribeiro e Cebolinha — o Brasil tem um destaque “silencioso” nessa Copa América, o volante Fred.
Não que o meia, que atua pelo Manchester United, reclame. A calmaria tem feito muito bem o jogador, que convivia regularmente com críticas tanto em nível internacional como doméstico, e que, antes disso, passou por um período complicado em sua carreira.
A prova de que o silêncio cai bem ao Fred está no ótimo momento vivido na Seleção Brasileira. Desde que se juntou ao grupo de Tite, ainda em junho, para as Eliminatórias, o volante foi titular em todas as partidas em que atuou, ficando de fora de apenas um jogo.
Escalado tanto ao lado de Casemiro na cabeça de área ou alinhado à Lucas Paquetá num trio de meio de campo, o jogador tem fornecido uma sólida sustentação defensiva ao “ofensivo” lado esquerdo brasileiro, que tem Neymar, Richarlison e um dos laterais, Lodi ou Alex Sandro, além de uma marcação “de trás para frente” e uma saída de bola rápida e eficiente.
Fred tem sido um dos mais regulares jogadores não só do Brasil como de toda a Copa América. Em cinco partidas, atuou por uma média de 84 minutos e com 84 toques na bola por partida; distribuiu uma assistência, deu pelo menos 1 passe-chave, roubou mais de 1 bola, deu mais de 1 desarmes, aplicou pelo menos 1 drible e ganhou mais de 5 duelos por jogo.
Os números são do site SofaScore, cujas seleções da semana, montadas pelas notas dadas baseadas nesse desempenho estatístico, tiveram a presença do volante duas vezes na competição.
As críticas e os problemas de Fred na Seleção Brasileira
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O momento de Fred é muito bom e contrasta diretamente com uma série de problemas que ele enfrentou na seleção brasileira. Aos 28 anos, o volante teve tantas questões com a “Amarelinha” que surpreende o fato de ele ainda não ter completado 20 jogos na equipe.
O meia, afinal, estreou pelo Brasil em 2014 após a Copa do Mundo, convocado por Dunga. O capitão do Tetra chamou-o para a Copa América de 2015, na qual atuou em apenas dois jogos e estava novamente nos planos para a edição de 2016.
Fred, no entanto, foi pego no exame antidoping por um diurético proibido e ficou suspenso por um ano. O caso o afastou do futebol por um ano e da seleção por dois. Ainda assim, retornou à tempo para a preparação para a Copa do Mundo de 2018, para qual foi, enfim, convocado.
Uma lesão, porém, logo antes do início do torneio, o tirou de ação. Não que antes sua presença fosse, “aceita”. Na época no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, o volante teve sua convocação questionada, principalmente pelo nível do campeonato em que atuava.
Só que, quando se transferiu para o Manchester United, não voltou mais a ser convocado. Lá na Inglaterra, inclusive, viveu altos e baixos, entre momentos de destaque na equipe e partidas desastrosas, colecionando falhas, e, claro, críticas.
O tempo e a experiência, no entanto, foram favoráveis ao jogador. Se aproveitando da indefinição de Tite para o homem a fazer dupla com Casemiro — além das convocações de Gerson e Bruno Guimarães para a seleção olímpica —, Fred voltou à seleção brasileira. Pelo jeito, para não sair mais.
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