Convocada para disputar os Jogos Olímpicos, Erika acredita que o entrosamento das atletas pode fazer a diferença em Tóquio
A seleção brasileira está em Portland, para um período de treinamentos visando a disputa da próxima Olimpíada. Com 33 anos, Erika assume um importante papel tanto na defesa como na seleção Canarinho. Nesta quinta-feira (1), a atleta participou de entrevista coletiva onde falou sobre o aumento de vagas que podem ser inscritas nos Jogos Olímpicos e também sobre o fato de que o entrosamento prévio nos clubes brasileiros pode fazer a diferença na competição.
O exemplo é o Corinthians, time da atleta. São cinco jogadoras do Timão que foram convocadas para a seleção brasileira.
Confira os principais trechos da entrevista de Erika
Aumento do número de inscritas para as Olimpíadas
“Foi engraçado a forma com que recebemos essa notícia (de que as suplentes também disputariam os Jogos). Estávamos saindo do treino e a Tamires estava no vestiário e abriu as redes sociais e viu essa notícia. Na hora a gente já ficou naquela euforia de: `Nossa, que legal’. Já fomos abraçar as meninas que estavam presentes com a gente, foi muito bacana. A gente sabe que independentemente de qualquer coisa, elas estão aqui com a gente, estão integradas ao grupo. Mas com certeza essa notícia nos proporcionou uma alegria mais intensa da nossa parte e de todas as meninas, foi fundamental para que essa energia fosse maior.”
Entrosamento das jogadoras
“Estamos tentando bater nessa tecla. Estarmos juntas, na mesma sintonia. Essa fase de preparação será importante. Sabemos a qualidade que o Brasil tem. Mas se a gente não treinar, isso complica. Estarmos em maioria no Brasil favorece muito para a seleção. Eu sei de olhos fechados o que a Tamires vai fazer na lateral, por exemplo. A Andressinha eu já sei que quer a bola no pé. Então isso facilita.”
Dedicação das jogadoras na defesa
“A Pia bate muito nessa tecla de que a nossa defesa começa no ataque, se elas (atacantes) fizerem uma pressão, um bom papel, essa bola não vai chegar com tanta qualidade lá atrás, evitando que a gente seja surpreendida. Então, começa do ataque, meias, laterais, zaga, e ainda tem a goleira. É um todo, todas se ajudam o tempo inteiro.”
Disputar as Olimpíadas com uma treinadora no comando
“Hoje a gente tem uma possibilidade gigantesca de ter uma mulher no comando. Uma mulher que jogou futebol, ela entende do assunto, ela vivenciou, vive e respira futebol o todo momento. Isso é muito importante. Sempre falo nos detalhes porque é isso que a Pia sempre traz pra gente. Ela quer que sempre estejamos no mesmo foco, na mesma página. Temos que saber escutar ao máximo o que ela tem a dizer, porque é uma pessoa que tem muito a nos oferecer. Então, quero sugar ao máximo isso da Pia e de toda a comissão técnica. Estamos no caminho certo e podem ter certeza que vamos brigar por essa medalha.”
Prazer em servir a seleção
“Da minha parte é gratificante continuar servindo a seleção brasileira. É minha quarta Olimpíada, eu acredito que consigo passar alguma calma e tranquilidade para as meninas. Mas a nossa linha defensiva é muito forte. Falam que pipocamos, mas isso não existe. Quanto mais você joga, mais maturidade você tem. Ser experiente nesse aspecto é muito bom.”
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