No Japão, a seleção brasileira feminina busca sua primeira medalha de ouro olímpica
Antes de mais nada, o Brasil chega as Olimpíadas de Tóquio 2020 como um dos favoritos para conquistar a medalha de ouro. Por isso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu buscar no mercado internacional um nome que fosse capaz de liderar o time no Japão.
A técnica Pia Sundhage, primeira estrangeira a assumir o comando do time, tem uma missão gigante no Japão: dar ao país a primeira medalha de ouro olímpica da história do futebol feminino brasileiro.
A sueca, inclusive, tem duas na sua coleção. À frente dos Estados Unidos, ela faturou o ouro nos Jogos de Pequim e Londres em 2008 e 2012, respectivamente. Posteriormente, a treinadora colocou a medalha de prata na Rio 2016.
Contratada em 2019, Pia Sundhage comandou a seleção brasileira feminina em 17 oportunidades. Nesse ínterim, foram 11 vitórias, cinco empates e uma derrota. Além disso, o time marcou 49 gols e sofreu seis.
Nestas partidas, a treinadora observou e analisou o desempenho de quase 50 jogadoras. A maior estrela da seleção brasileira é a atacante Marta, do Orlando Pride, dos Estados Unidos. Aos 35 anos, ela disputou 159 partidas e marcou 109 gols. E segue contanto…
Contudo, Bárbara, goleira do Avaí/Kindermann, Bruna Benites, zagueira do Internacional, Jucianara Paz, lateral do Levante, Formiga, meia do São Paulo, Debinha, meia-ofensiva do North Carolina Courage e a atacante Ludmila, atacante do Atlético de Madrid, também podem brilhar no Japão.
O Brasil está no Grupo F das Olimpíadas de Tóquio 2020. De cara, o time enfrenta a China, no dia 21 de julho, em Miyagi. Posteriormente, a seleção brasileira pega a Holanda, também em Miyagui. E fecha sua participação no torneio enfrentando a Zâmbia, em Saitama, no dia 27.
E as nossas rivais?
China
A China, antes de mais nada, tem um dos principais times do mundo. A equipe asiática conseguiu vaga para as Olimpíadas de Tóquio 2020 após participar de um torneio classificatório com a Austrália.
Em 1996, só para exemplificar, as chinesas chegaram a final do tornei olímpico. O time perdeu a medalha de ouro após ser superado por 2 a 1 pelos Estados Unidos. Posteriormente, a equipe não conseguiu sequer ficar entre as quatro primeiras colocadas no torneio.
Atualmente, a China ocupa a 14ª colocação no ranking da Fifa. A princípio, a posição é o reflexo da fraca campanha do time na Copa do Mundo. Afinal, as chinesas foram eliminadas nas oitavas de final do torneio.
Zâmbia
A Zâmbia vai participar pela primeira vez de uma Olimpíada. A princípio, o time africano vai entrar em campo sem nunca ter ocupado um papel de destaque no cenário do futebol feminino mundial.
A equipe, por sua vez, é apenas a 104ª colocada no ranking da Fifa, mas conquistou o direito de disputar os Jogos de Tóquio 2020 através do pré-olímpico da África. A princípio, o país não tem uma liga de futebol e nem atletas atuando em outros países.
Sua melhor participação no Campeonato Africano de Futebol Feminino foi em 1991. Na ocasião, a Nigéria venceu a competição. A segunda colocação ficou com Camarões, a terceira com Guiné e a quarta com Zâmbia – sendo o maior feito da história do país na modalidade.
Holanda
Apesar de nunca ter conquistado uma medalha olímpica, a Holanda chega com status de favorita ao ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Há dois anos a equipe, só para exemplificar, foi vice-campeã mundial perdendo a final para os Estados Unidos.
Atualmente, o time ocupa a 3ª colocação no ranking da Fifa. A Holanda, portanto, está atrás somente dos Estados Unidos e da França. Por isso, o time laranja foi escolhido para ser um dos cabeças de chave do torneio feminino.
Agora, a Holanda tenta entrar para o seleto grupo de equipes europeias medalhistas olímpicas. Afinal a Noruega e a Alemanha faturaram o ouro nos Jogos de Sydney e Rio de Janeiro em 2000 e 2016, respectivamente.