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Mathias Jörgensen, da Dinamarca, faz doações para ONGs, dá declarações em favor da comunidade LGBTQIA+ e já cobrou Associação de Jogadores para ações contra a homofobia
Um jogador de futebol pode ser grande sem mesmo entrar em campo. É o caso de Mathias Jörgensen, zagueiro dinamarquês convocado para a Eurocopa 2020. Reserva, “Zanka”, como é conhecido, é reserva e ainda não jogou. O que não o impede de ser um dos maiores atletas da competição.
A grande atuação do defensor, no caso, é fora das quatro linhas. Jörgensen é uma das vozes mais ativas do esporte na causa LGBTQIA+, pelo menos em seu país natal. Presente na seleção dinamarquesa com certa regularidade desde 2008, o zagueiro chamou a atenção por sua militância pela primeira vez em 2016.
Na ocasião o jogador, que hoje atua pelo Fenerbahçe por empréstimo do Copenhage (DIN), auxiliou na produção e envio de uma carta à Associação dos Jogadores de Futebol da Dinamarca cobrando maior atuação na entidade contra a homofobia.
Jörgensen ajudou a financiar campanha anti-homofobia
O posicionamento do jogador foi decisivo para que os jogadores destinassem cerca de 94 mil dólares para a criação de uma campanha educativa, visando as escolas dinamarquesas. Em entrevista à Reuters em 2017, Jörgensen comentou como enxergava o assunto:
“Nós precisamos envolver a nossa juventude e nossas crianças no assunto. (A homofobia) é um problema crescente, cultural, e que nós não conseguiremos resolver do dia para a noite”, explicou.
A visão de Zanka permanece a mesma. O atleta, afinal, seguiu e ainda segue tratando do tema LGBTQIA+ em entrevistas e fazendo doações a ONGs que atuam na área. Felizmente, ele não está sozinho em sua militância. Na própria Eurocopa, o goleiro Manuel Neuer, da Alemanha, tem jogado com uma braçadeira de arco-íris, que remete, claro, à tradicional bandeira da causa.
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