Piloto, que tem Ayrton Senna como exemplo, vive a expectativa de disputar pela quarta vez uma temporada da Stock Light
No próximo sábado (24), começa a temporada 2021 da Stock Light. Último estágio antes da disputa da Stock Car, a competição terá uma premiação recorde nesta temporada. Será a oportunidade de acompanhar pilotos experientes e da nova geração, que podem despontar no automobilismo nacional e até internacional. Um deles é Gabriel Lusquiños, que irá para seu quarto ano na categoria.
Em entrevista exclusiva ao Torcedores.com, Gabriel falou sobre sua carreira, expectativas para a temporada, paixão pelo automobilismo, ídolos e seus planos para o futuro.
Torcedores – Como surgiu sua paixão pelo automobilismo?
Gabriel Lusquiños – Meu amor pelo automobilismo começou quando eu tinha 10 anos de idade. Isso foi em 2004, exatamente no aniversário de 10 anos de morte do Ayrton Senna. E como era uma data muito marcante, só se falava nisso na época. Aí minha mãe me mostrou um Globo Repórter especial sobre os 10 anos da morte dele, me interessei e comecei a pesquisar sobre a trajetória dele, e foi aí que o vírus do automobilismo me infectou (risos). Naquele mesmo ano andei pela primeira vez de kart indoor e assisti a minha primeira corrida de F1 no autódromo de Interlagos. Mas acabei levando o automobilismo como hobbie até os 17 anos de idade, até que participei do meu primeiro campeonato oficial e me profissionalizei em seguida.
Torcedores – Muitos não sabem do desgaste que é disputar uma prova de automobilismo. Como é sua preparação física?
Gabriel Lusquiños- O melhor treino para encarar o ambiente do Stock Light na minha opinião é fazer bastante atividade aeróbica, especialmente se estiver quente, seja correndo a pé debaixo do sol, fazer bicicleta dentro da sauna, por exemplo. Muito treino psicofísico para treinar a mente ao mesmo tempo que treino fisicamente, que é o que demanda meu carro, treinos de kart para manter os reflexos em dia e até treinar o físico, por causa da força G que encaramos lá, e muito treino no simulador pra finalizar, que já nos deixa preparados para as pistas em que vamos correr. A minha rotina de treinos não muda entre férias e durante o ano. A única diferença é que eu tenho mais tempo para me dedicar nas férias, uma vez que não temos corrida nesse período.
T – Você está indo para quarto ano na Stock Light. Quais suas expectativas para temporada?
GL – A expectativa é muito boa por conta do ano passado, já que foi meu ano mais competitivo. Levo não só a bagagem de três anos na categoria como também o fato de eu estar indo para meu décimo de carreira. Eu não gosto de definir metas, porque automobilismo é um esporte ingrato. Você pode estar bem, mas o carro te deixa na mão, alguém bate em você. Certamente vamos brigar pelas primeiras posições.
T – Quais seus planos para o futuro?
GL – Não vou mentir que eu já tive o sonho de disputar a Fórmula 1. Mas como eu comecei tarde, chegou um momento na minha carreira que eu tive que fazer uma escolha entre seguir tentando carreira nos fórmulas ou no turismo. Acredito que pela minha idade a decisão mais acertada para meu futuro foi o turismo e, novamente, não me arrependo dessa decisão. É claro que a Stock Car é a meta da maioria dos pilotos na Stock Light, mas acredito que outro bom caminho para dar sequência à nossa carreira, é o automobilismo europeu e/ou norte-americano. Só que não tenho a mente fechada. Eu quero estar correndo em alguma categoria que eu possa não só ser desafiado como viver disso. Seja no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos.
T – Quem são seus ídolos no automobilismo / esporte em geral?
GL -Eu admiro muito o Senna pela dedicação e comprometimento dele com o esporte e por sempre buscar evoluir no automobilismo. O Rubinho é outro piloto que eu tenho muito respeito, não só por toda a competência e histórico dele no automobilismo, mas também pelo carisma dele dentro e fora das pistas.
T – Como você analisa a atual temporada da Fórmula 1?
GL – Estou muito empolgado. Isso porque a Red Bull entrou de vez no jogo, a própria Ferrari, assim como a McLaren deram uma melhorada. O esporte só tem a ganhar com isso. Inclusive eu até participei de um bolão nas duas primeiras etapas e meus palpites nem chegaram perto do que aconteceu, justamente pelo equilíbrio. Mas no final das contas, acredito que o Hamilton ganhe, mas o Vertasppeen deve dar um bom trabalho para ele.
T – Sua dupla nacionalidade ajuda / atrapalha sua carreira de alguma forma?
GL – Não me atrapalha, não só no quesito esporte. A nacionalidade suíça me ajuda no nível pessoal também. Tenho orgulho de carregar a bandeira suíça, tanto no macacão como no capacete, porque acho que mostra muito da minha personalidade. E um motivo de orgulho a mais é que meus patrocinadores também são suíços, tanto a Brainvest como a Five Sports. Isso só me dá mais orgulho.
Quem quiser saber mais sobre o piloto Gabriel Lusquiños pode acompanhar sua carreira em seu Instagram ou seu site oficial.
Mais informações da Stock Light
A etapa 2021 será iniciada neste próximo fim de semana (24 e 25 de abril). A primeira etapa será em Goiânia.
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