Timão divulgou balanço de 2020; dívida aumentou 47,7% em relação aos números de 2019
A situação financeira do Corinthians é já reconhecidamente complicada e pode ficar ainda mais. Com a chance de que as dívidas do Timão possam chegar, em algum momento de 2021, a ultrapassar R$ 1 bilhão.
O balanço financeiro de 2020, divulgado na sexta-feira (26), aponta que o clube chegou a cerca de R$ 982,8 milhões em débitos a serem pagos, um aumento de 47,7% em relação à dívida ao final de 2019, que estava em cerca de R$ 665 milhões.
A maior parte dos débitos corresponde a dívidas de curto prazo. São R$ 586 milhões que o Alvinegro terá de pagar em, no máximo, um ano, e engloba direitos de imagem atrasados, empréstimos, pagamento a fornecedores, impostos e outros tipos de encargos. Além disso, são R$ 304,6 milhões de dívidas no longo prazo, como o parcelamento de tributos. E estes números não acabam incluindo o acordo para refinanciar a dívida da Neo Química Arena, na qual terá que pagar até 2040 R$ 569 milhões.
Ao final de 2020, o Corinthians fechou pelo quarto ano seguido em déficit nas contas, com este em R$ 123,3 milhões. Mais uma dificuldade para Duílio Monteiro Alves buscar resolver em seu desejo de cortar os custos no clube e reduzir o montante da dívida, com o clube também sofrendo com queda de receitas e ações judiciais.
A alegação corintiana sobre o aumento da dívida se apoia na pandemia do coronavírus, mesmo com a tendência de crescimento da dívida já desde antes da pandemia. Já entre 2018 e 2019, os valores dos débitos a serem pagos pelo clube saltaram de R$ 469 milhões para os R$ 655 milhões.
Para tentar sanar o crescimento das dívidas, o Corinthians busca cortar gastos em todos os seus departamentos em até 20% do atual orçamento, além de contratar uma consultoria para tentar acertar a gestão financeira do clube.
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(Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)