Responsável por pedido disse que futebol tem que dar “cota de sacrifício”
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mauro Sarrubbo, foi o responsável por fazer o pedido de paralisação do futebol no Estado. O governador João Doria acatou a decisão e assinou o decreto de 15 dias sem práticas esportivas, além de várias outras medidas para diminuir a circulação de pessoas em meio à pandemia de Covid-19. Em entrevista ao blog do Perrone, do UOL, Sarrubbo fez longo desabafo sobre sua decisão.
Segundo ele, se uma vida for salva por sua decisão, já vale a pena. Sarrubbo, porém, lembrou que tudo o que puder ser feito para diminuir a circulação de pessoas, será bem-vindo. Ele disse ainda que o futebol precisa dar sua “cota de sacrifício”.
“Isso vai me ajudar a diminuir (a transmissão do vírus). Se isso salvar uma vida, já vai valer, é importante que se diga. Dentro de um contexto genérico em que a gente caminha para quase um lockdown, é importante que o futebol dê a sua cota de sacrifício”, disse o procurador na entrevista publicada pelo jornalista do UOL.
“É um sacrifício generalizado porque eu sou fanático, eu gosto de futebol. É um sacrifício para todos nós, inclusive para a nossa cabeça. Estamos todos trancados em casa, chega no final de semana e você não tem nenhum futebolzinho pra assistir, é muito ruim.”
Sarrubbo ainda se mostrou contrariado com os treinos dos clubes em meio à paralisação. Segundo ele, não é o correto a se fazer, já que pessoas seguirão circulando nos centros de treinamentos.
“Nós temos que parar a cidade para as pessoas pararem de morrer por falta de leito hospitalar. E aí eu pergunto para você, será que se os clubes continuarem treinando, isso vai ajudar? Acredito que não. Mas eu não tenho uma definição clara pra te dizer agora. Se o Ministério Público fará algo ou não nesse sentido. Conto com o bom senso de todos no sentido de que é um momento em que, se ficar em casa e salvar uma vida, é um ganho extraordinário para todos nós.”
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