Home Futebol Bayern de Munique mostra a força do seu jogo coletivo em mais uma vitória incontestável na Bundesliga

Bayern de Munique mostra a força do seu jogo coletivo em mais uma vitória incontestável na Bundesliga

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do time de Hans-Dieter Flick e Lewandowski sobre o Borussia Dortumnd neste sábado (6)

Luiz Ferreira
Produtor executivo da equipe de esportes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, jornalista e radialista formado pela ECO/UFRJ, operador de áudio, sonoplasta e grande amante de esportes, Rock and Roll e um belo papo de boteco.

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do time de Hans-Dieter Flick e Lewandowski sobre o Borussia Dortumnd neste sábado (6)

Não é absurdo nenhum afirmar que o Bayern de Munique ainda é o melhor time do mundo. Mesmo com a temporada mais irregular da equipe (principalmente o sistema defensivo), o escrete de Hans-Dieter Flick ainda dita as regras quando o assunto é o velho e rude esporte bretão. Nem mesmo a atuação surpreendente do Borussia Dortmund nos primeiros minutos da partida na Allianz Arena conseguiram acabar com essa superioridade. Ainda que Haallan tenha feito a diferença com dois gols nos primeiros dez minutos. O que ainda é muito pouco para superar uma equipe que já é histórica e que sabe administrar os riscos causados pelo seu estilo de jogo extremamente ofensivo. Some isso tudo ao futebol apresentado por Lewandowski nos últimos meses. São 31 gols marcados em 23 rodadas na Bundesliga e a possiblidade cada vez mais forte de quebrar o recorde de 40 gols de Gerd Müller. O Bayern segue avassalador.

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É preciso dizer que o Borussia Dortmund começou o jogo a duzentos quilômetros por hora. Hazard (o irmão daquele que joga no Real Madrid) voava da esquerda para dentro e aproveitava a indecisão de Süle (zagueiro improvisado na lateral-direita), Reus centralizava e abria o corredor para as subidas de Meunier e Dahoud dava o tom na criação das jogadas no 3-4-2-1 de Edin Terzic (que tinha Emre Can jogando na sua linha de cinco defensores). Tudo para que a bola chegasse em boas condições para que Haaland pudesse fazer a diferença. Logo no primeiro minuto de partida na Allianz Arena, o camisa nove do Borussia acertou um belo chute de esquerda da entrada da área. Sete minutos depois, Schulz (substituto do lesionado Raphael Guerreiro) recebeu belo passe em profundidade e cruzou para Haaland escorar para o gol vazio. Um verdadeiro passeio amarelo e preto em Munique nos primeiros minutos.

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Bayern de Munique vs Borussia Dortmund - Football tactics and formations

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Emre Can foi terceiro zagueiro pela direita e ajudou a dar consistência ao sistema defensivo do 3-4-2-1 de Edin Terezic. O Borussia Dortmund começou a partida de maneira avassaladora com Hazard aproveitando a indecisão de Süle na lateral-direita e com Haaland fazendo a diferença no terço final. Como de costume.

Mas o Bayern de Munique ainda é AQUELE Bayern de Munique. Bastaram alguns minutos para que Hans-Dieter Flick acertasse o posicionamento defensivo para que que a equipe bávara voltasse para o jogo. Principalmente depois que Sané e Coman passaram a ser mais acionados pelos lados do campo no 4-2-3-1 básico do Bayern. Com Goretzka se juntando a Müller na frente (e ajudando a dar mais profundidade às jogadas de ataque), a equipe igualou o placar no primeiro tempo com Lewandowski completando cruzamento de Sané (aos 25 minutos) e convertendo penalidade confirmada pelo VAR (aos 43 minutos). Vale destacar aqui a grande atuação de Kimmich, o dono do meio-campo no Bayern de Munique e o grande responsável por distribuir as jogadas e dar qualidade ao passe. A primeira etapa terminou com o escrete bávaro pressionando e com o Borussia Dortmund tentando se defender e encontrar meios de sair para o contra-ataque.

É bem verdade que o ritmo da partida caiu um pouco no segundo tempo. O Borussia Dortmund conseguiu bloquear as saídas de Coman e Sané pelos lados do campo e vigiou bem as subidas de Goretzka, mas acabou perdendo quase todo seu poderio ofensivo com as saídas de Haaland (por lesão) e Thorgan Hazard aos 15 minutos. Com isso, o Bayern de Munique foi adiantando as suas linhas, fazendo a bola andar de pé em pé até encontrar o espaço necessário para dar o bote. Hans-Dieter Flick mandou Gnabry para o jogo e manteve a marcação mais alta no seu 4-2-3-1 básico com o conhecido volume de jogo do escrete bávaro. A virada veio com Goretzka aproveitando sobra na entrada da área e com Lewandowski (pela terceira vez) em belíssima jogada de Davies pelo lado esquerdo (com direito a corta-luz de Sané). Era a vitória (justa) do time que não abdicou do ataque em nenhum momento da partida.

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Borussia Dortmund vs Bayern de Munique - Football tactics and formations

O Borussia Dortmund perdeu quase toda sua força no ataque com as saídas de Haaland e Hazard e viu o Bayern de Munique pressionar até conseguir a virada na Allianz Arena. Destaque para as noites inspiradíssimas de Kimmich, Goretzka e (é claro) Lewandowski. Mais um “hat-trick” para a conta e oportunismo de sempre.

Ainda haveria tempo para Hans-Dieter Flick sacar Thomas Müller e Sané para as entradas de Choupo-Moting e Musiala antes do apito final. Este que escreve já destacou as noites inspiradas de Goretzka e Kimmich anteriormente, mas não há como deixar de falar de Lewandowski. As duas últimas temporadas do atacante polonês são simplesmente absurdas. Não é só pelos 31 gols marcados nas 23 rodadas dessa edição da Bundesliga, mas pela maneira como controla o jogo no ataque e como se encaixa com perfeição no jogo do Bayern de Munique. É como se fossem feitos um para o outro. Enquanto Haaland sobra num Borussia Dortmund esforçado e com boas ideias, Lewandowski é a principal arma ofensiva do escrete comandado por Hans-Dieter Flick. Mas não é a única e nem a mais letal. São esses e outros motivos que fazem da equipe bávara a melhor do mundo atualmente. Mesmo com uma campanha mais irregular nessa temporada.

Tudo porque é muito difícil marcar o Bayern de Munique e conter o seu impressionante volume de jogo. O Borussia Dortmund mostrou o caminho no início da partida, mas não teve forças e nem fôlego para conter Lewandowski, Goretzka e companhia nos minutos seguintes. E no duelo com Haaland (talvez o jogador mais promissor dos nossos tempos), o polonês acabou levando a melhor por conta do jogo coletivo de excelência da sua equipe. Justo.

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