Em laudo, carro de ex-lateral do Botafogo estaria acima da velocidade máxima em atropelamento que matou casal
O caso envolvendo o lateral Marcinho, que atropelou e matou duas pessoas no final de 2020 no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, ganhou mais um capítulo no começo desta semana com o laudo da perícia que comprova que o carro do jogador estava acima da velocidade permitida na ocasião do choque.
Segundo informação do Uol Esporte, o lado feito pelo Instituto de Criminalística Carlos Eboli a pedido da 42ª Delegacia, aponta que o carro do ex-jogador do Botafogo estava entre 86km/h e 110km/h, níveis bem acima dos 70km/h permitidos na Avenida Lúcio Costa, onde ocorreu o choque que matou Alexandre Silva de Lima e Maria Cristina José Soares, o primeiro na hora e a última poucos dias depois.
O laudo contradiz o que o jogador alegou em entrevista ao Fantástico no último domingo (10). Marcinho alegou ao programa da Globo que dirigia dentro do limite de velocidade e que o casal teria aparecido em sua frente de ‘forma repentina’, sem conseguir evitar o atropelamento.
No entanto, a perícia acabou corroborando relatos de testemunhas, que afirma que o carro do ex-Botafogo estava em alta velocidade e ‘costurando’ pela avenida. O não-atendimento das duas vítimas e a posterior fuga do local seria, de acordo com o jogador, motivada pelo medo de ser linchado pelas pessoas que se aglomeravam para ver o que tinha ocorrido.
O lateral ainda deve prestar um novo depoimento, este sem data. O jogador foi indiciado pela Polícia por homicídio duplo culposo.