Ex-jogador do Botafogo atropelou casal em avenida do Rio de Janeiro no final de 2020, e não parou para prestar socorro às vítimas
O lateral Marcinho deu entrevista no último domingo (10) ao Fantástico, da Rede Globo, na qual deu maiores detalhes sobre o caso em que está envolvido, no qual atropelou duas pessoas numa avenida do Rio de Janeiro, com uma delas morrendo na hora e outra dias depois.
Na entrevista, o ex-atleta do Botafogo afirmou que demorou para se apresentar à polícia para depor sobre os atropelamentos, apenas dando esclarecimentos cinco dias após o caso acontecer.
“A apresentação na delegacia foi por outro advogado, eu não tive contato com o Gabriel Habib ainda. Ele falou ‘já marquei o depoimento, a delegacia está vazia, é dia 31. Não adianta a gente ir lá porque o delegado responsável não está. Você tem que ir com quem vai te atender e fazer parte do caso. Não controlo isso de quando vou me apresentar. A partir do momento que acontece uma coisa dessas, você deixa na mão dos advogados. Nesse momento eu estava com essa cara e depois eu conheci o Gabriel, já estava marcado de eu me apresentar na segunda-feira”, disse Marcinho.
Alexandre Silva de Lima morreu na hora e Maria Cristina acabou falecendo dias depois devido ao atropelamento. Marcinho negou na entrevista que estivesse em alta velocidade e justificou o fato de não prestar socorro ao casal após ter os atingido com o carro.
“Eu estava vindo perto de 60km/h, estou sempre passando por ali e sei que o ‘pardal’ é de 70km/h então não poderia estar andando mais do que isso. Mas não estava prestando atenção no velocímetro. Os vi e tentei evitar, eles saíram repentinamente, tentei frear e desviar. Até consegui desviar da Cristina, mas do Alexandre… infelizmente não consegui. Muito vidro no meu olho, muita gente se aproximando e é isso”, disse o jogador.
“Na hora, fiquei desesperado. A praia no dia 30 estava cheia, era 20h30 e tinha medo de ser linchado, de ser julgado ali por ter atropelado duas pessoas. Entrei em pânico ali, cheio de vidro e as pessoas já estavam entrando na pista quando olhei para trás. Só pensei em sair dali com medo de ser linchado, naquele momento não tinha cabeça para prestar socorro, não pensei e não consegui. Fugi porque estava muito assustado”, disse o ex-Botafogo,.