Pandemia impediu torcida no estádio, mas Glorioso não conseguiu lucrar com os jogos que puderam receber público na temporada
O Botafogo foi, assim como todos os clubes do Brasil, afetado drasticamente com a pandemia da Covid-19, que impede a presença da torcida nos estádios. Para o clube carioca, no entanto, nem mesmo quando pode contar com seu torcedor, o ganho financeiro compensou tal prejuízo.
Segundo levantamento do Globoesporte.com, durante a temporada, o Glorioso pagou R$ 2,7 milhões para poder jogar no estádio Nilton Santos. Custo menor do que o dos últimos dois anos, em que as despesas foram de R$ 14 milhões em 2019 e R$ 11,4 milhões em 2018. Entretanto, antes da pandemia começar, a lucratividade do estádio administrado pelo alvinegro também não compensou.
Nas partidas em que o Botafogo jogou em seu estádio, a torcida não teve grande comparecimento, causando prejuízos durante as partidas do Carioca de R$ 941,704,41. O maior dos prejuízos aconteceu numa partida com presença de público, contra o Resende (R$ 275.705,82). Lucro só aconteceu, curiosamente, com partidas em que o clube atuou como visitante.
Os regulamentos do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil tem abordagens diferentes quanto ao custeio dos jogos (que é dividido com os rivais nos clássicos) e também a arrecadação (parte da verba vai para o visitante). O maior lucro botafoguense foram os R$ 250 mil recebidos no clássico com o Flamengo, pelo estadual. Na Copa do Brasil, a parte conquistada da arrecadação foi de R$ 16 mil, toda essa em jogos fora de casa, contra o Caxias e o Náutico.
Até o final da temporada 2020, serão mais cinco partidas para o Botafogo jogar em sua casa, ainda sem perspectiva de receber torcida num momento em que o clube luta para evitar o rebaixamento.
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Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo