Robinho foi condenado em segunda instância pelo crime de violência sexual, na Itália
O site UOL Esporte.com teve acesso as transcrições anexadas ao processo de Robinho na Itália. A conversas com os seus amigos aconteceram um ano após o crime, nela o jogador aconselha um deles a não depor e voltar ao Brasil, porque aqui ele não seria preso. O atacante também revela medo de ser chamado para depor sobre o caso.
“[…] eu tô com medo se os caras me chamarem para depor, eu não sei, tomara a Deus que, o meu medo é esse, o meu medo é sair na imprensa”, disse Robinho.
“É. (Risos) Eu falei: – Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá, volta pro Brasil pelo menos tu não fica em cana.”, disse o jogador em outra mensagem.
Em outra conversa, Robinho e um amigo discutem a possibilidade da garota estar grávida, caso não “ficaria embaçado dela provar o estupro”.
“É, então, mas eu não sei se a menina teve ou se não teve […] o cara que o Jairo [músico que tocava na boate no dia do crime] contratou falou assim: “- ó, a única coisa boa é que os caras tá lá no Brasil e na discoteca não tinha câmera, porque se pegasse a câmera os caras iam pegar eles até no Brasil, como não tinha câmera vai ficar meio embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não estiver grávida.”.
A condenação de Robinho
A Corte de Apelação de Milão confirmou na última quinta-feira (10) a condenação em segunda instância de Robinho pelo crime de violência sexual de grupo – além do atacante, o amigo Ricardo Falco também foi condenado pelo no mesmo caso. O tribunal também manteve a pena de nove anos de prisão.
Apesar da condenação, o caso ainda não está encerrado. Segundo publicação do Globo Esporte, os advogados de Robinho e Falco vão recorrer à Corte de Cassação, tribunal no sistema judiciário da Itália. O atacante e o amigo só podem ser considerados culpados após o processo tramitar nessa terceira instância.
De acordo com o UOL Esporte, a defesa de Robinho apresentou um recurso de 65 páginas, 19 anexos e 4 consultorias técnicas diversas, e tentou desmontar a primeira sentença.
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