Clube paulista chegou a montar projeto para viabilizar a chegada de Maradona
Ídolo do Napoli e da Argentina, Maradona nunca atuou profissionalmente no Brasil. Porém, o fato não ocorreu por falta de tentativas. Isso porque o Palmeiras, durante a década de 90, elaborou um projeto para tentar contratar o argentino. Na época, o Verdão vivenciava a “Era Parmalat” e o objetivo de trazer um dos maiores jogadores da história foi traçado pela diretoria.
Em entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, José Carlos Brunoro, ex-diretor do Palmeiras, falou sobre os detalhes do caso. Diante disso, revelou que Maradona não quis jogar no Brasil por ver a possibilidade como algo “complicado”. Sendo assim, em sua opinião, o craque viu o negócio como se estivesse “traindo” a Argentina.
“Quando o Maradona saiu do Napoli, nós estávamos querendo um jogador importante no Palmeiras, e a Parmalat tinha também uma situação de visibilidade, que era importante, e o Maradona daria alguma (visibilidade), né (risos). Eu fui para a Argentina, através da Parmalat Argentina, que na época patrocinava o Boca Juniors, eu até trabalhei por um tempo lá no Boca, e nós começamos a negociação”
“Eu nunca cheguei a falar com ele (Maradona), eu fiquei o tempo todo falando com o empresário dele, e no final ele veio ‘está legal (a proposta), mas o Maradona não quer jogar no Brasil. Para um argentino isso vai ser muito complicado’. As coisas estavam caminhando, mas no final eu acho que ele pensou ‘nossa, Maradona jogar no Brasil vai ser uma traição com a Argentina’. Quase deu certo“, declarou.
CUSTOS DA OPERAÇÃO
Mesmo sendo um atleta muito caro, Maradona poderia conceder um grande retorno para o clube paulista. Portanto, Brunoro avaliou os custos da chegada que nunca se concretizou.
“Do jeito que nós imaginamos, falar se os valores eram dentro ou fora da realidade. Depende de como você estrutura, não existe valor nem muito alto e nem muito baixo. Depende do que você estrutura e o que você tem de retorno. Eu acho que era factível em função do retorno que ele daria. A Parmalat tinha também o retorno de imagem e o retorno de venda, então eu acho que ele se pagaria, como se pagou todo o processo do Palmeiras”, completou.
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