Entidade definiu que cada clube deve se responsabilizar por seus profissionais
O médico da CBF, Jorge Pagura, confirmou em entrevista à TV Gazeta que a entidade que comanda o futebol brasileiro não punirá jogadores e técnicos por quebra de protocolo de prevenção à Covid-19.
Segundo Pagura, a responsabilidade é de cada clube arcar com as consequências de seus atletas, enquanto a CBF apenas apresentou o protocolo a ser cumprido.
“A CBF cuida do campeonato e das suas regras. Os clubes tem que cuidar da proteção os próprios atletas, dirigentes e comissão técnica. Às vezes ele consegue segurar o atleta, às vezes não, e ele que tem que passar essa orientação para seguir um protocolo. No fundo, o prejuízo é do clube”, disse o médico da CBF, justamente no período de maior surto entre atletas desde o início da pandemia.
“O protocolo foi uma experiência totalmente nova, e a gente não tem isso estipulado como uma situação punitiva. Fazemos nossos bloqueios aonde nos compete. Nós notamos um aumento da curva no país e mandamos um alerta para os clubes. Nós não temos hoje, em termos de legislação esportiva, algo para fazer uma punição, porque a gente espera que cada um mantenha sua responsabilidade, É o time, a casa deles.”
O futebol brasileiro foi criticado no Uruguai após Matias Viña ter sido contaminado no Palmeiras e supostamente levado o vírus até o elenco da seleção local. Pagura defendeu a CBF e disse que Gabriel Menino, que também se contaminou no Palmeiras, fez o teste logo em sua chegada, testou positivo e prontamente foi cortado sem passar a Covid-19 para nenhum companheiro.
“Tivemos uma reunião com o Comitê Médico da Conmebol e vi uma foto de nove jogadores do Uruguai sentados, sem máscara e conversando. Tem que avaliar dentro do clube, a CBF cuida do campo, não entra ninguém sem inquérito epidemiológico e sem medir a temperatura. E todos aqueles que participam sem máscara do evento, que são jogadores, árbitros e técnicos, estão testados e negativados. O controle é extremamente rígido”, completou.
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