Para estrangeiros, caso é a ainda pior
A saída dos técnicos Eduardo Coudet e Domènec Torrent de Internacional e Flamengo, respectivamente, na última segunda-feira (9) foi apenas um reflexo do que tem sido feito no Brasileirão há alguns anos.
Segundo um estudo divulgado pelo UOL nesta quarta (11), se comparado às principais ligas e até mesmo com a Copa Libertadores, o Brasileirão tem – por muito – a média de tempo de trabalho mais baixa para treinadores, chegando a pouco mais de 5 meses.
Veja os números comparados:
Premier League: 29,5 meses
Liga dos Campeões: 26,3 meses
La Liga: 25,5 meses
Ligue 1: 24,8 meses
Bundesliga: 20,9 meses
Série A TIM: 16,2 meses
Copa Libertadores: 14,1 meses
Brasileirão: 5,2 meses
Os números ainda reduzem quando a situação envolve técnicos estrangeiros, justamente os casos de Eduardo Coudet e Domènec Torrent. A média cai de 6,1 meses quando a situação é com brasileiros para 4,9 meses de trabalho para os gringos.
A contagem é feita desde 2003, quando o Brasileirão mudou para os pontos corridos. Desde então, foram 29 técnicos gringos, sendo a grande maioria deles com passagens rápidas.
O mais longevo de todos foi justamente o técnico Jorge Jesus, campeão brasileiro, da Libertadores, da Supercopa do Brasil, da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Carioca pelo Flamengo. O português ficou no cargo por 13 meses e foi o único a passar mais de um ano em um clube do país, saindo por vontade própria para assumir mais uma vez o Benfica.
Na sequência ficaram Jorge Sampaoli, que dirigiu o Santos por 12 meses – saiu e está atualmente no Atlético-MG – e o próprio Eduardo Coudet, que ficou no Internacional de janeiro a novembro, completando 11 meses.
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