Robinho foi condenado por ter cometido o suposto crime na Itália
Em entrevista à “Rádio CBN“, o jurista Wálter Maierovitch avaliou a acusação de estupro envolvendo Robinho. Em 2017, o atacante foi condenado a nove anos de prisão por ter cometido violência sexual contra uma jovem albanesa, crime que teria ocorrido quatro anos antes. Sendo assim, o profissional explicou que ainda não existe uma pena definitiva contra o jogador, e ainda revelou se existe a possibilidade de uma extradição em caso de uma decisão final.
“O Robinho foi condenado em primeiro grau. Na Itália, é um colégio, um tribunal, não é só um juiz. Tem participação popular. Foi condenado, mas não é uma condenação definitiva. Ele apelou e foi reconhecido o direito de recorrer em liberdade. Isso está em sede de apelo. Portanto, acho que a gente não pode excluir e deixar de lado essa presunção de não culpabilidade… Não pode se antecipar e acusar o Robinho e fingir que transitou em julgado. Não. Isso não seria até justo porque ele é presumidamente inocente. A gente não pode colocar o carro na frente dos bois”, declarou.
“A nossa Constituição não permite a extradição de nacionais. Isso é uma regra. A Constituição brasileira só permite extradição do naturalizado e assim mesmo em casos de tráfico de trocas, e não é o caso do Robinho, que é brasileiro nato“, completou.
Alegando que não cometeu estupro, Robinho já recorre em segunda instância. Conforme as leis da Itália, o atleta ainda pode tentar reverter o veredito em mais uma oportunidade.
“Aqui no Brasil, a gente tem primeiro, segundo e terceiro graus e um supremo como quarto, fora os recursos internos. A Itália tem só três graus e poucos recursos. Depois do apelo, tem só a Corte de Cassação. É mais rápido o processo”, contou.
Após passagem pelo futebol turco, Robinho acertou seu retorno ao Santos. Porém, o anúncio da contratação foi repleta de críticas, tendo em vista o envolvimento do jogador na condenação aplicada na Itália.
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