Diretor falou com a imprensa pela primeira vez após a derrota na Libertadores
Marcos Braz disse em entrevista coletiva neste sábado que em nenhum momento foi discutido a demissão do técnico Domènec Torrent após a derrota por 5 a 0 para o Independiente de Valle, pela Copa Libertadores.
“O Dome está dentro de um planejamento nosso, inclusive já temos o planejamento do jogo contra o Palmeiras. Em nenhum momento foi discutida a saída do Dome, em nenhum momento. Existe uma unanimidade dentro da diretoria. Todos vieram trabalhar, fizemos extensas reuniões pra discutir parte de premiação e outras coisas que são consideradas importantes. E em nenhum momento essa hipótese foi pensada”, disse Braz.
“O resultado do jogo foi impensável. Em nenhum campeonato o Flamengo pode perder por 5 a 0, não faz parte da história vitoriosa dessa diretoria do clube. Até hoje não foi pensado nada disso (Saída de Dome). E existe um pensamento em unidade. Não tenho muito o que falar sobre isso. Isso não quer dizer que a gente, da diretoria, ou os jogadores e pessoas que estão dentro dese processo não sabem a dimensão dessa derrota. Uma derrota que não poderia acontecer”, completou.
“Derrota está dentro do esporte. Existem derrotas e derrotas. É uma derrota muito expressiva, 5 a 0. Mas passou. Talvez temos até que pedir desculpas pelo resultado, mas estou falando em relação ao jogo. Os jogadores se empenharam dentro do que podiam, nós jogamos a mais de 2.500 metros. Apenas estou lembrando isso. Então o que eu posso falar é que existe uma unidade e nunca se atribuiu a saída do técnico nessa viagem”.
Braz negou que deixaria o Flamengo caso o treinador fosse demitido, como foi noticiado nesta sexta.
“O primeiro ponto que tenho que deixar claro é minha relação com o Landim e com todos os integrantes aqui. Quem me conhece sabe que eu jamais iria fazer uma colocação dessa, de que se sair A ou B, eu não fico. Agora, eu tenho a minha posição, que é sempre passada e discutida como todos os outros companheiros do clube fazem. Eu não entendi muito isso”, garantiu.
Ao ser questionado se poderia demitir Dome caso o Flamengo perdesse mais um jogo, o dirigente não garantiu a permanência do técnico e tentou responder sem cravar.
“Eu não vou fazer aqui análise em cima de derrota, essa diretoria não faz análise em cima de derrota. A gente faz planejamento. Eu desconfio que deu certo até aqui. Não vou falar em fatos, “se perder de 5, se ganhar de 5″. Esse não é o momento, o momento é de chegar, entender o momento, o que passa. Se a gente fizer uma análise para trás de outros momentos de outro treinadores que estiveram com a gente, também passamos uns desconfortos, e o trabalho seguiu”, afirmou ele.
Veja mais trechos da entrevista:
Sobre queixas de jogadores
“Em nenhum momento (jogadores se queixaram de dificuldade de entender o Dome). Isso tudo parte de um processo de integração, de filosofia de trabalho e que precisa de maturação. Eu entendo a torcida, entendo os companheiros de clube e todos os seguimentos. A insatisfação como o resultado que passou. Eu e a diretoria respeitamos esses posicionamentos. Mas a gente também tem que ser um pouquinho mais frio porque temos informações, análises internas. A gente sabe que precisa de tempo para construir”.
Rendimento dos jogadores
“Dentro da avaliação que temos (sobre os jogadores), o grupo que entrou em campo foi campeão da Libertadores. Eu não vejo isso (queda de rendimento). Quanto a treinamento e condicionamento físico, precisamos ter a relação temporal. Há quatro meses, não sabíamos o que ia acontecer, ninguém sabia se campeonato ia ser antes ou depois. No meio desse processo, tivemos uma troca de treinador. A gente não acerta em tudo, mas também não digo que erramos nisso”.
Confiança de Landim
“Não acho (que o Landim deveria estar aqui comigo). O Landim, mesmo estando aqui, tem uma agenda extensa. Ele também tem os VPs e passa essa confiabilidade das pastas para outros companheiros de diretoria, se tem uma coisa que o Landim sabe fazer é equipe. Acho que estou representando bem ele aqui. Para deixar claro: ele deixando eu dar entrevista é um posicionamento dele de me prestigiar e deixar claro a mensagem e para alguns jornalistas que talvez queriam que eu não estivesse mais aqui”.
Sobre ser candidato a vereador
“Eu fui secretário de esporte do Rio, fui vice da suderj e sempre tive passagens pela política. Não é a primeira e sou sempre convidado. Em nenhum momento, eu disse que seria candidato. Se pode conciliar, eu acho que pode conciliar.”
LEIA MAIS: