GP de Monza foi despedida de Clarie Williams, que comandou a escuderia pela última vez na carreira
Chegou ao fim uma história tradicional da Fórmula 1. A família Williams não vai mais comandar a equipe que levou o nome da família nos últimos anos. Clarie esteve no comando pela última vez no domingo (06), durante o GP de Monza – seu pai, Frank, foi o fundador.
Entretanto, os resultados da escuderia estavam longe de serem do tamanho da história. Pelo contrário. De 2017 pra cá, os carros revezavam entre acidentes, problemas e posições ruins. Não à toa, era o carro mais lento do grid. Assim, a decisão foi pela venda ao fundo de investimentos Dorilton Capital, dos EUA.
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Trajetória da Williams na Fórmula 1
Tudo começou há 43 anos, em 1977. Na ocasião, por meio do piloto Patric Nève. Aos poucos, a equipe começou a ganhar pontos e se destacar na modalidade. As glórias pareciam questão de tempo para acontecer. No primeiro ano com dois pilotos, em 1979, Alan Jones chamou a atenção ao terminar em terceiro, enquanto Clay Regazzoni ficou em quinto.
Aquela era apenas uma amostra do que a escuderia seria capaz de fazer. Isso porque um ano mais tarde, em 1980, viria a consagração máxima de Jones com o título mundial. Consequentemente, veio também o título de construtores. Dose repetida em 1981 e também com 1982, esse com Keke Rosberg.
Depois de um hiato, a Williams voltaria a trazer os holofotes a seu favor. Veio o terceiro título de construtores, em 1986. Entretanto, foi nesse mesmo ano que Frank sofreu grave acidente que o deixou paraplégico ao bater de carro nas cercanias de Paul Ricard, na França, durante a pré-temporada.
Década vitoriosa
Mesmo com as dificuldades com seu fundador, a escuderia continua impossível nas pistas. Em 1987, tricampeonato mundial de Nelson Piquet. Depois, em 1992, Mansell ficou com o caneco, enquanto Patrese terminou como vice-campeão. Nesse ano, a Williams teve um de seus carros mais históricos da F1.
Os títulos seguiam implacáveis durante a década de 1990. O sexto título mundial de construtores aconteceu em 1993, quando Frank contratou Prost, de volta após ano sabático. Mais que isso, o chefão não quis saber de privilégios ao campeão Mansell, que abandonou a modalidade rumo à Indy. Prost venceu o tetra com Damon Hill como vice.
Senna na Williams
O ano de 1994 começou promissor. Frank Williams mexeu e conseguiu contratar Senna. Entretanto, o piloto brasileiro, que realizava um sonho, não conseguiu ser campeão. Infelizmente, o campeão mundial bateu com força em San Marino e veio a falecer após ser levado até mesmo ao hospital.
Ao tentar superar a perda do brasileiro, a escuderia só conquistaria novamente um título dois anos depois, o oitavo dos construtores. Com Schumacher na Ferrari e sem atormentar na Benetton, Hill teve caminho livre para ficar com o caneco. A última conquista veio em 1997, com Villeneuve.
Verdadeiros altos e baixos
De lá pra cá, a Williams passou por momentos de altos e baixos. Foram anos bastante difíceis, até que em 2012 voltou a vencer uma corrida. O GP da Espanha terminou com Pastor Maldonado. Por outro lado, um carro competitivo voltou apenas em 2014. Na ocasião, teve Bottas em quarto e Felipe Massa em sétimo no mundial.
Posteriormente ainda houve um resquício de competitividade da escuderia. Em 2014, Lance Stroll, jovem canadense, emplacou um improvável pódio no Azerbaijão. Só que desde então a equipe tem sofrido com corridas ruins e abaixo da média.
Números da Williams na F1
– 114 Vitórias
– 312 Pódios
– 128 Pole Position
– 133 Voltas Rápidas
– 3.561 Pontos
– 9 Títulos de Construtores
– 7 Títulos de Pilotos
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