Claire Williams vai deixar a direção da equipe, após o GP de Monza
Parece mesmo que a era romântica da Fórmula 1 está chegando ao fim. Nas primeiras horas da manhã dessa quinta-feira, 3 de setembro, Claire Williams anunciou que a família está deixando as operações da equipe de mesmo nome.
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A medida faz parte da reestruturação proposta pelo Dorilton Capital, grupo de investimento que promete a injeção de capital necessário. O fundo de investimentos é o novo dono do time de Groove e tem sede em Nova York.
“Eu tenho certeza de que tomei a melhor decisão para a família. Agradeço todos os fãs que estiveram conosco, durante os bons e maus momentos, nesses anos todos”, disse Claire em comunicado.
A filha de Frank Williams, ainda estará no pit wall da Williams no GP de Monza, que acontece nesse fim de semana.
“Nossa necessidade de encontrar investimentos neste ano por inúmeros fatores, muitos fora de nosso controle, resultou na venda do time para Dorilton Capital. Minha família sempre priorizou a equipe e os funcionários e essa foi a melhor decisão a se tomar. Sei que neles encontramos as pessoas certas para recolocar a Williams de volta ao topo do grid enquanto preservam seu legado”, destacou.
O conglomerado registrou queda de receita considerável: dos £ 176,5 milhões (R$ 1,17 bilhão) registrados em 2018 para £ 160,2 milhões (R$ 1,06 bilhão) no ano passado. Só a escuderia de F1 caiu de £ 130,7 milhões (R$ 870,1 milhões) em 2018 para £ 95,4 milhões (R$ 635,1 milhões) no ano passado, com prejuízo total de £ 10,1 milhões (R$ 67,2 milhões), na comparação com o lucro acumulado de £ 16 milhões (R$ 106 milhões) em 2018.
Fundada em 1977 por Frank Williams e Patrick Head, a equipe é a terceira maior vencedora da Fórmula 1 com 114 triunfos, atrás da Ferrari, com 238 triunfos; e da McLaren, com 182. São nove títulos mundiais de construtores e sete de pilotos. A Williams é a equipe que mais abrigou brasileiros na história do país na F1. Foram seis, os pilotos que sentaram em um cockpit de Groove: Nelson Piquet (1986-87), Ayrton Senna (1994), Antonio Pizzonia (2004-2005), Bruno Senna (2012), Rubens Barrichello (2010-2011) e Felipe Massa (2014-2017).
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