Home Extracampo FPF vê nova MP como benéfica para o torcedor, mas quer negociação coletiva de clubes

FPF vê nova MP como benéfica para o torcedor, mas quer negociação coletiva de clubes

Presidente da entidade ainda defendeu que outras pessoas deveriam ter sido ouvidas

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Presidente da entidade ainda defendeu que outras pessoas deveriam ter sido ouvidas

Por meio do presidente Reinaldo Carneiro Bastos, a Federação Paulista de Futebol (FPF) se mostrou favorável à Medida Provisória 984, que dá plenos direitos aos clubes de transmitirem os jogos que forem mandantes.

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A MP causou polêmica ao ser assinada em medida de urgência após encontro de presidentes de clubes com o presidente Jair Bolsonaro. O Flamengo se mostrou o grande incentivador do projeto e foi o primeiro a transmitir uma partida ao vivo em seu canal no Youtube, a Fla TV, pela 5ª rodada da Taça Rio.

Em entrevista ao programa “Os Canalhas”, do UOL, o presidente da FPF disse que é favorável à nova MP.

“Não é a opinião dos clubes de São Paulo, é a opinião do Reinaldo. Eu sou favorável. Eu sou favorável porque ela liberta ou acaba com a possibilidade de não ter partida de futebol transmitida. Eu tinha o direito que se eu não quisesse assinar com ninguém, quando eu jogasse, ninguém via o meu jogo, independente se eu estou jogando na minha casa ou na sua casa”, revelou o presidente da FPF.

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“Eu acho que isso não é bom para a indústria do futebol, eu acho que isso não é bom para a livre concorrência e eu acho que isso não é bom principalmente para o torcedor, que é a alma de tudo isso.”

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O mandatário da Federação, porém, fez ressalvas. Disse que houve pouca discussão e que os responsáveis poderiam ter consultado outras pessoas. Além disso, afirmou que as novas negociações precisam ser coletivas e não individuais.

“Primeiro, podia ter sido feito com um diálogo maior, eu sou sempre favorável a ouvir todos, se não for possível, a grande maioria, tem que ouvir o meio, mas fazendo essa ressalva, sou a favor”, apontou Bastos.

“Segundo, não há lei boa ou ruim que dê jeito numa negociação mal feita. Se o clube continuar negociando os seus direitos como negociou até hoje, toma aqui uma luva e prorroga por mais quatro anos, toma aqui uma luva e abre mão disso, não há lei que dê jeito. E terceiro, a melhor forma de se rentabilizar o seu produto, é negociando coletivamente, tem pessoas que estão confundindo que vão vender seus direitos isoladamente e vai ser um grande negócio, não há caso de sucesso em grande liga no mundo de clube que venda o seu direito isoladamente.”

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