Fafa Picault viveu momentos difíceis no Cagliari
Em depoimento nas redes sociais do FC Dallas, Fafa Picault relatou o racismo que sofreu enquanto jogava na Itália. Dessa forma, o atacante norte-americano, que possui raízes haitianas, contou detalhes do preconceito que tinha que encarar no convívio diário, sendo alvo constante de termos pejorativos, estes que vinham até mesmo do treinador do time B do Cagliari.
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“Há diferentes formas de racismo. Eu lidei com o problema em diferentes vestiários e em diferentes estádios. Quando fui para Itália tinha uns 16 anos e com 17 fui para o time principal. Treinava com a equipe principal e com o de reservas. E o nosso treinador do time de reservas foi uma das piores pessoas que já conheci. Diariamente, tinha que aguentar ele (treinador) me chamando de macaco, ou dizendo que eu tinha que voltar para a selva, na África. ‘Jogadores negros não tem técnica, são apenas rápidos. Corra, nós te contratamos para correr’.”, declarou.
“Se eu pedia a um jogador mais jovem para fazer alguma coisa, ele me dizia: ‘Não, você tem que fazer porque você é negro’. Eu tinha adesivos de macaco colocados no meu armário às vezes, e entrava em brigas pelo menos duas vezes por semana”, completou.
Após passagem pela Europa, Picault retornou aos Estados Unidos, onde está atualmente no Dallas. Vale lembrar que o Cagliari esteve no centro de casos recentes de racismo, estes que foram cometidos por torcedores do clube contra Matuidi, Kean e Lukaku.
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